Em prol de Netanyahu, se manifestaram 64 dos 120 deputados eleitos. Já a favor de Yair Lapid, atual primeiro-ministro e que liderou o Executivo antes do pleito, 28 parlamentares o apoiaram. Outros 28 relataram que não indicariam nenhum nome.
Por Redação, com ANSA - de Jerusalém
O presidente de Israel, Isaac Herzog, anunciou nesta sexta-feira que irá encarregar Benjamin Netanyahu para formar um novo governo do país após as últimas eleições. O mandatário convocou o ex-premiê para uma cerimônia formal neste domingo.
O anúncio do Gabinete da Presidência divulgou a decisão após finalizar as consultas com os partidos políticos que formarão o novo Parlamento.
Em prol de Netanyahu, se manifestaram 64 dos 120 deputados eleitos. Já a favor de Yair Lapid, atual primeiro-ministro e que liderou o Executivo antes do pleito, 28 parlamentares o apoiaram. Outros 28 relataram que não indicariam nenhum nome.
A partir do domingo, o líder do Likud terá 28 dias para conseguir formar uma nova aliança. Em caso de dificuldades, ele poderá solicitar mais 14 dias - em pedido que precisa ser aceito por Herzog.
Netanyahu já foi primeiro-ministro de Israrel entre 2009 e 2021 e saiu do poder no ano passado após Lapid conseguir formar uma aliança que reunia de partidos de esquerda a direita.
Atualmente, o líder do Likud ainda responde a processos na justiça por corrupção e tráfico de influência.
Netanyahu foi o grande vencedor
Os israelenses foram às urnas pela quinta vez em pouco mais de três anos e meio no último dia 1º de novembro e o bloco político que deu apoio a Netanyahu foi o grande vencedor, com 64 assentos. Já a coalizão de Lapid obteve 50 assentos.
A surpresa, no entanto, foi o resultado expressivo do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, do líder Itamar Ben Gvir, conhecido por seus discursos contra a presença de árabes em Israel, que obteve 14 lugares no Knesset.
Já cinco assentos ficaram com o grupo árabe laico de esquerda Hadash Taal. Outras duas siglas árabes que sempre conseguiam vagas no Parlamento não ultrapassaram a cláusula de barreira de 3,25% e vão ficar de fora do legislativo: o de esquerda religiosa Meretz e o nacionalista Balad.