O bilionário, que foi condenado por suborno e peculato, vai ser "reintegrado" para dar a ele uma chance de "ajudar a superar a crise econômica da Coreia do Sul", informou o ministro da Justiça do país, Han Dong-hoon.
Por Redação, com ANSA - de Seul
O herdeiro e líder de fato do grupo Samsung, Lee Jae-yong, recebeu nesta sexta-feira um indulto presidencial, se tornando o mais recente exemplo de uma tradição sul-coreana de clemência com grandes líderes empresariais condenados por corrupção e crimes financeiros.
O bilionário, que foi condenado por suborno e peculato, vai ser "reintegrado" para dar a ele uma chance de "ajudar a superar a crise econômica da Coreia do Sul", informou o ministro da Justiça do país, Han Dong-hoon.
Lee, que possui um patrimônio líquido de US$ 7,9 bilhões, segundo a revista "Forbes", foi colocado em liberdade condicional em agosto de 2021 após ter cumprido 18 meses de prisão, pouco mais da metade de sua sentença original.
O perdão anunciado pelas autoridades sul-coreanas permite que o magnata de 54 anos de idade volte normalmente ao trabalho, colocando um ponto final em uma restrição de cinco anos que foi imposta pelo tribunal.
Crise econômica
"Devido à crise econômica mundial, o dinamismo e a vitalidade da economia nacional se agravou e nós temos receio que essa crise continue", alertou o Ministério da Justiça em um comunicado.
A pasta espera que o herdeiro da Samsung consiga "impulsionar o motor de crescimento do país investindo ativamente em tecnologia e criando empregos".
A detenção de Lee não freou o desempenho da empresa sul-coreana, pois ela anunciou um aumento de mais de 70% nos lucros do segundo trimestre em julho do ano passado.
Além de Lee, outros três empresários ganharam indulto presidencial, como o presidente do grupo Lotte, Shin Dong-bin, que recebeu uma sentença de dois anos e meio de prisão em um caso de corrupção em 2018.
O bilionário sul-coreano foi detido por crimes relacionados a um escândalo político e econômico que provocou a renúncia da ex-presidente do país, Park Geun-hye, em 2017. A ex-mandatária foi alvo de um impeachment e condenada a 20 anos de prisão por abuso de poder.