Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Hamas confirma que abandonou negociações para cessar-fogo em Gaza

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Quinta, 07 de Março de 2024 às 08:29, por: CdB

A opção por interromper as tratativas de paz, segundo o grupo, se deu diante das respostas de Israel ‘não atenderem às exigências mínimas apresentadas pelo grupo islamista’.

Por Redação, com CartaCapital - de Gaza

A delegação do Hamas abandonou nesta quinta-feira a cidade do Cairo, onde estava desde domingo para participar nas negociações sobre uma trégua na Faixa de Gaza, porque as respostas de Israel “não atendem às exigências mínimas”, afirmou à agência francesa de notícias AFP uma fonte do movimento islamista palestino.

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Gaza destruída pela guerra

“As respostas iniciais” de Israel, que está em guerra contra o Hamas desde o ataque sem precedentes de 7 de outubro em território israelense, “não atendem as exigências mínimas” apresentadas pelo grupo islamista, em particular sobre um cessar-fogo definitivo e uma retirada das tropas israelenses, afirmou um dirigente do movimento que pediu anonimato.

Comissão israelense atribui a Netanyahu ‘responsabilidade’ por tumulto mortal em 2021

Uma comissão de investigação em Israel concluiu que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem “responsabilidade pessoal” em um tumulto ocorrido em abril de 2021 durante uma peregrinação judaica na qual 45 pessoas morreram.

Os fatos ocorreram em 30 de abril durante a peregrinação religiosa anual ao Monte Meron, no norte do país, que reúne dezenas de milhares de judeus em torno do suposto túmulo do rabino Shimon Bar Yojai.

Uma multidão de peregrinos se aglomerou em uma passagem muito estreita provocando as mortes de 45 pessoas, entre elas, crianças.

Em um relatório publicado nesta quarta-feira, uma comissão de investigação concluiu que o “primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem responsabilidade pessoal”.

O primeiro-ministro “sabia ou deveria saber que o local (…) estava sem manutenção há anos” e poderia representar “um risco para os muitos participantes” da peregrinação celebrada a cada ano em ocasião da festa judaica de Lag Baomer, argumentou a comissão.

Os investigadores entendem que Netanyahu e seu gabinete tinham a responsabilidade de “identificar pró-ativamente” estes riscos, mas “não agiu como se espera de um primeiro- ministro para corrigir esta situação”.

Encarregada de supervisionar o funcionamento da administração pública, o gabinete do controlador do Estado havia avisado em 2008 e 2011 de deficiências no Monte Meron.

Os judeus consideram que nessa montanha se encontra o túmulo de Shimon Bar Yochai, um talmudista do século II ao qual se atribui à redação do Zohar, uma obra central do misticismo judaico.

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