Foi o primeiro uso detectado de software malicioso contra tibetanos exilados que exigia apenas um clique em um dispositivo móvel para funcionar.
Por Redação, com Reuters - de São Francisco
Hackers chineses que usaram uma falha de segurança do iPhone anteriormente desconhecida para atacar a minoria étnica uigure também foram atrás dos tibetanos no exílio, de acordo com um relatório publicado na terça-feira. Foi o primeiro uso detectado de software malicioso contra tibetanos exilados que exigia apenas um clique em um dispositivo móvel para funcionar, disse o Citizen Lab, um grupo de pesquisa acadêmica do Canadá. Citando as semelhanças técnicas destes ataques e dos descobertos pelas empresas de tecnologia dos EUA contra os uigures, o relatório sugere que as forças que provavelmente trabalham com o governo chinês podem estar melhorando seus esforços de vigilância contra as principais minorias de maneira mais ampla. Os tibetanos estão protestando contra o domínio chinês da região montanhosa da China. Questionado sobre o relatório, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que a China se opôs resolutamente e reprimiu qualquer forma de ataque pela internet, e que quaisquer acusações precisavam ser apoiadas por provas sólidas. O Citizen Lab, com sede na Universidade de Toronto, afirmou ter trabalhado com a recém-criada equipe tibetana de emergência para computadores (TibCERT), uma coalizão de organizações tibetanas que trabalham com segurança digital, para investigar ataques cibernéticos que ocorreram entre novembro de 2018 e maio de 2019.