Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Guerra comercial com EUA traz um certo alívio para os preços no Brasil

Estudo do Banco Central revela que a guerra comercial dos EUA pode trazer alívio à inflação no Brasil, com 58% dos economistas prevendo efeito desinflacionário.

Quarta, 24 de Setembro de 2025 às 19:49, por: CdB

A maioria dos economistas consultados pelo BC às vésperas da última reunião do Copom projeta que a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos deve trazer alívio para a inflação no Brasil.

Por Redação – de Brasília

A maioria dos economistas consultados pelo Banco Central (BC) às vésperas da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevê que o impacto da guerra comercial aberta pelos Estados Unidos será de alívio para a inflação no Brasil.

Guerra comercial com EUA traz um certo alívio para os preços no Brasil | Protesto contra o tarifaço de Trump, na 25 de março, em São Paulo
Protesto contra o tarifaço de Trump, na 25 de março, em São Paulo

Entre as 117 respostas dos entrevistados, 58% esperam que o efeito líquido seja desinflacionário no país. Na outra ponta, apenas 3% dizem que a guerra comercial tende a trazer mais inflação ao Brasil. O resultado do questionário foi divulgado pela autoridade monetária nesta quarta-feira. Esse também foi o sentimento captado pela pesquisa do BC em maio, um mês depois do anúncio do tarifaço pelo governo de Donald Trump.

A maioria dos economistas consultados pelo BC às vésperas da última reunião do Copom projeta que a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos deve trazer alívio para a inflação no Brasil. O resultado do questionário foi divulgado pela autoridade monetária nesta quarta-feira.

 

Inflação

Entre as 127 respostas dos entrevistados, 63% esperam que o impacto líquido seja desinflacionário no país, enquanto 23% falam em neutralidade. Na outra ponta, 14% dizem que a guerra comercial tende a trazer mais inflação para o Brasil.

As respostas ao levantamento, que foi enviado aos analistas do mercado financeiro no dia 25 de abril (antes, portanto, do anúncio de acordo entre EUA e China), serviram como subsídio para a mais recente decisão do Copom sobre a taxa básica de juros (Selic), que atingiu 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.

Em 2 de abril, o Brasil e diversos outros países foram alvo de uma tarifa linear de 10% sobre as exportações para os Estados Unidos.

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