Rio de Janeiro, 06 de Abril de 2025

Governo militar de Myanmar declara cessar-fogo provisório

A junta militar de Myanmar declara um cessar-fogo temporário até 22 de abril, visando acelerar os esforços de socorro e reconstrução após o devastador terremoto que deixou quase 3 mil mortos.

Quarta, 02 de Abril de 2025 às 14:06, por: CdB

Segundo uma nota oficial, a trégua ficará em vigor até 22 de abril, “com o objetivo de acelerar os esforços de socorro e reconstrução e de manter a paz e a estabilidade”.

Por Redação, com ANSA – de Naipidau

A junta militar que governa Myanmar desde o golpe de Estado de fevereiro de 2021 anunciou nesta quarta-feira um cessar-fogo temporário no conflito com grupos rebeldes, na esteira do terremoto devastador que provocou quase 3 mil mortes no país asiático.

Governo militar de Myanmar declara cessar-fogo provisório | Pessoas fazem fila por comida em Sagaing, em Myanmar
Pessoas fazem fila por comida em Sagaing, em Myanmar

Segundo uma nota oficial, a trégua ficará em vigor até 22 de abril, “com o objetivo de acelerar os esforços de socorro e reconstrução e de manter a paz e a estabilidade”.

O abalo sísmico de 7.7 na escala Richter ocorreu na última sexta-feira e deixou 2.886 mortos, 4.639 feridos e 373 desaparecidos, de acordo com a junta militar chefiada por Min Aung Hlaing. Desde o terremoto, alguns grupos insurgentes que pegaram em armas após o golpe de 2021 suspenderam os combates, mas o Exército de Myanmar manteve as operações contra rebeldes, gerando críticas de organismos internacionais.

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Comboio humanitário

Um comboio humanitário foi baleado por militares enquanto se dirigia para Mandalay, cidade mais atingida pelo tremor, segundo o Exército de Libertação Nacional de Ta’ang. Antes mesmo do terremoto, o país já contabilizava 3,5 milhões de pessoas deslocadas pelos conflitos, crise humanitária agravada pela catástrofe natural.

Enquanto isso, Min Aung Hlaing participará em 3 e 4 de abril de uma cúpula de países da região na Tailândia para discutir a resposta ao terremoto.

A missão será uma rara incursão internacional do chefe da junta militar, que, desde o golpe, viajou sobretudo à Rússia, maior fornecedor de armas para o regime, e à China, principal parceiro econômico de Naipidau.

A participação do líder na reunião rompe a política das nações do Sudeste Asiático de isolar o regime militar em Myanmar devido aos entraves nas negociações para um plano de paz.

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