Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Governo estuda nova rodada do programa que reduz contratos de trabalho

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Terça, 16 de Março de 2021 às 11:59, por: CdB

Dados de nota técnica produzida no Ministério da Economia em 9 de março de 2021, “os técnicos ainda podem refinar os números, sobretudo se o quadro de agravamento da pandemia de covid-19 indicar maior demanda pelo programa”, reproduz o noticiário.

Por Redação - de Brasília

A nova rodada do programa que permite às empresas cortarem jornada e salário e suspender contratos de trabalho deve ter custo total entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões para o governo, responsável por pagar um benefício emergencial aos trabalhadores. A estimativa considera que 2,7 milhões a 3,0 milhões de acordos serão firmados entre patrões e empregados nas duas modalidades. A informação foi divulgada, nesta terça-feira, pelo diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).

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Trabalhador com carteira de trabalho terá parte do salário pago por um programa social do governo, em apoio aos empresários

De acordo com os dados de nota técnica produzida pela Subsecretaria de Políticas Públicas de Trabalho do Ministério da Economia em 9 de março de 2021, “os técnicos ainda podem refinar os números, sobretudo se o quadro de agravamento da pandemia de covid-19 indicar maior demanda pelo programa”, reproduz o noticiário.

“O governo prepara reformulação no seguro-desemprego para poupar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e conseguir direciona-los ao benefício emergencial (BEm). O programa que permite os acordos para proteger empregos e aliviar o caixa das empresas deve ter duração de quatro meses”, acrescenta.

Dívida pública

Segundo o OESP, “um desenho inicial do BEm previa que o governo bancaria com recursos públicos os primeiros dois meses de benefício, e os outros dois seriam uma antecipação do seguro-desemprego. No entanto, o governo mudou a estratégia e decidiu bancar integralmente os benefícios de quem tiver jornada e salário reduzido ou contrato suspenso, sem interferir no seguro-desemprego desse trabalhador, que manterá o direito de forma integral caso seja demitido após o fim do acordo”.

“O dinheiro do BEm sairá todo do FAT, mas sem necessidade de aportes adicionais pelo Tesouro Nacional. Com o aumento substancial da dívida pública em 2020, a equipe econômica tem buscado soluções para combater a crise da covid-19 que dependam menos de recursos obtidos via emissão de dívida pública. A economia obtida com a reformulação do seguro-desemprego abrirá espaço dentro do fundo para essas despesas”, ressalta.

Custo do programa

Os técnicos traçaram três cenários para o pagamento do BEm, agora chamado de “Bolsa Emergencial”, adianta o diário. “No cenário-base, que na visão do governo é o que tem mais chances de ocorrer, haveria 1,16 milhão de acordos de suspensão de contrato e 1,69 milhão de acordos de redução de jornada e salário (total de 2,85 milhões). Considerando o gasto médio esperado com cada trabalhador, o custo do programa ficaria em R$ 6,14 bilhões”, informa.

No cenário conservador, segundo o documento, menos contratos serão alvo de acordo: 1,1 milhão em suspensão e 1,6 milhão em redução de jornada e salário. “A despesa ficaria em R$ 5,82 bilhões. Já no cenário agressivo, haveria 1,2 milhões de suspensões de contrato e 1,8 milhões de acordos de redução de jornada e salário, com custo de R$ 6,46 bilhões”, resume o relatório.

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