Rio de Janeiro, 10 de Abril de 2025

Governo espanhol rejeitará acordo de brexit se não houver mudanças sobre Gibraltar

Durante um ato público realizado em Madri, Sánchez disse que "nenhum documento esclarece algo para nós que é fundamental: Gibraltar não pertence ao Reino Unido".

Terça, 20 de Novembro de 2018 às 09:49, por: CdB

Durante um ato público realizado em Madri, Sánchez disse que "nenhum documento esclarece algo para nós que é fundamental: Gibraltar não pertence ao Reino Unido".

Por Redação, com EFE - de Madri

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta terça-feira que "a Espanha votará não" à minuta do acordo do brexit se não ficar esclarecido o status de Gibraltar.
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Segundo o Tratado da União, este acordo deverá ser aprovado pelo Conselho por maioria qualificada
Durante um ato público realizado em Madri, Sánchez disse que "nenhum documento esclarece algo para nós que é fundamental: Gibraltar não pertence ao Reino Unido". Segundo ele, o Governo espanhol não pode presumir que o que acontecerá a Gibraltar depende apenas das negociações britânicas com a UE, já que, em sua opinião, é algo que a Espanha deve negociar diretamente com o Reino Unido. – Como país, nós não podemos presumir no que vai acontecer no futuro com Gibraltar (...). Isso deverá ser negociado entre a Espanha e o Reino Unido – defendeu o presidente do Governo espanhol. O artigo 184 do acordo entre o Reino Unido e a UE, "ambíguo" segundo o Governo espanhol, fala da negociação e aplicação de acordos além do fim do período de transição após a saída britânica da União, mas não estabelece datas concretas. O ministro espanhol de Relações Exteriores e Cooperação, Josep Borrell, disse ontem que seria difícil incluir esclarecimentos sobre Gibraltar, depois de se reunir com o chefe negociador europeu para o "brexit", Michel Barnier, que não quer que o texto pactuado seja modificado. O ministro pediu que seja diferenciado0 o acordo de retirada da declaração política que senta as diretrizes para negociar a futura relação com o Reino Unido, que ainda está elaborando a Comissão Europeia. – Os primeiros surpreendidos somos nós – disse hoje Sánchez, que também lembrou que o Governo espanhol que sempre compareceu aos Conselhos Europeus fez com uma atitude "construtiva e pró-europeia". Igualmente, defendeu que se o Executivo espanhol "se encontra em uma situação como esta, é porque alguém em Bruxelas não fez bem o seu trabalho". Os chefes de Estado e de Governo dos vinte e sete países que permanecerão na UE após o "brexit"realizarão no próximo domingo uma cúpula na qual preveem dar apoio ao acordo preliminar alcançado entre Londres e Bruxelas. Segundo o Tratado da União, este acordo deverá ser aprovado pelo Conselho por maioria qualificada.
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