Ainda é improvável, no entanto, a volta de Tarcísio ao Palácio dos Bandeirantes, uma vez que será submetido a exames para saber quantidade e tamanho de pedras nos rins, antes de definir os próximos passos. Interlocutores avaliam o retorno ao Brasil como positivo para sua imagem, mas ainda aguarda por instruções médicas.
Por Redação - de São Paulo
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está em viagem pela Europa, sofreu uma crise renal e precisou interromper a sua agenda em Londres nesta segunda-feira. O governador soube por telefone do ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste da capital paulista, 20 minutos após um adolescente atingir professores e alunos a facadas.

Ainda é improvável, no entanto, a volta de Tarcísio ao Palácio dos Bandeirantes, uma vez que será submetido a exames para saber quantidade e tamanho de pedras nos rins, antes de definir os próximos passos. Interlocutores avaliam o retorno ao Brasil como positivo para sua imagem, mas ainda aguarda por instruções médicas. Os exames foram realizados no sistema nacional de Saúde britânico.
Argumento
Freitas sentiu forte dores e, ainda no hotel, foi atendido por um médico da Embaixada Brasileira, mas não chegou a ser internado. O argumento principal para o seu retorno ao Estado é que a atuação do governador na tragédia de São Sebastião deu a impressão de um gestor solidário, presente, e disposto ao diálogo — o oposto do seu padrinho político, Jair Bolsonaro (PL), que passeava de jetski enquanto milhares de pessoas, no interior da Bahia, sofriam com os efeitos das enchentes.
A avaliação feita por políticos próximos a Tarcísio é a de que o desastre deu a chance para que a população de São Paulo conhecesse melhor o governador; além arregimentar o processo de desbolsonarização de Tarcísio — em curso desde a campanha eleitoral e intensificado após a posse, sob o argumento de que ambos têm estilos distintos, o que não significa que não sejam aliados.