O desligamento dos funcionários foi anunciado pelo vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, em um e-mail enviado ao corpo de empregados da companhia.
Por Redação, com CartaCapital - de Nova York
O Google demitiu 28 funcionários que protestaram, nesta semana, contra o acordo firmado entre a empresa de tecnologia e o governo israelense.

O desligamento dos funcionários foi anunciado pelo vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, em um e-mail enviado ao corpo de empregados da companhia. O jornal norte-americano The Wall Street Journal teve acesso ao e-mail.
No comunicado, Rackow disse que os protestos do grupo contra o regime israelense foram “inaceitáveis, extremamente perturbadores e fizeram os colegas de trabalho se sentirem ameaçados”.
Os atos contra o contrato foram realizados nas cidades de Nova York, Seattle e Sunnyvale. Os manifestantes ameaçavam ocupar os escritórios da empresa até o cancelamento do contrato. Ao todo, 9 trabalhadores chegaram a ser presos em Sunnyvale.
As gigantes Google e Amazon assinaram um contrato de prestação de serviço de nuvem de arquivamento com o governo israelense.
Os protestos
Os protestos foram liderados pela organização No Tech for Apartheid, traduzida para o português como “sem tecnologia para Apartheid”. Em nota, o porta-voz do grupo afirmou que os 28 funcionários demitidos faziam parte do protesto.
“Este ato flagrante de retaliação é uma indicação clara de que o Google valoriza mais o seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo genocida e os militares israelenses do que seus próprios trabalhadores, aqueles que criam valor real para executivos e acionistas.”