Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Fumio Kishida anuncia que deixará cargo em setembro

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Quarta, 14 de Agosto de 2024 às 11:13, por: CdB

Os índices de Kishida caíram depois que ele assumiu o cargo em 2021, após revelações sobre os laços do LDP com a polêmica Igreja da Unificação.

Por Redação, com Reuters – de Tóquio

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou nesta quarta-feira que renunciará ao cargo no próximo mês, diante do descontentamento público em relação a escândalos políticos e ao aumento do custo de vida que mancharam seu mandato de três anos, e dando início a uma disputa para substituí-lo.

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Descontentamento público e aumento do custo de vida levaram à decisão

– A política não pode funcionar sem a confiança do povo – afirmou em entrevista coletiva para revelar sua decisão de não tentar a reeleição como líder do Partido Liberal Democrata (LDP), que está no poder.

– Tomei essa difícil decisão pensando no povo, com a forte vontade de levar adiante a reforma política.

O LDP realizará uma disputa em setembro para substituí-lo como presidente do partido e, por extensão, como primeiro-ministro.

Os índices de Kishida caíram depois que ele assumiu o cargo em 2021, após revelações sobre os laços do LDP com a polêmica Igreja da Unificação.

Sua popularidade sofreu outro revés quando veio à tona um fundo secreto de doações políticas não registradas feitas em eventos de arrecadação de fundos do partido.

Pressão deflacionária

Ele também enfrentou o descontentamento da população à medida que os salários não conseguiram acompanhar o aumento do custo de vida, com o Japão finalmente se livrando de anos de pressão deflacionária.

– Um primeiro-ministro em exercício do LDP não pode se candidatar à corrida presidencial a menos que tenha certeza da vitória – disse Koichi Nakano, professor de ciências políticas da Universidade de Sophia.

– É como os grandes campeões yokozunas do sumô. Não basta vencer, mas é preciso vencer com elegância.

Seu sucessor como líder do LDP terá a tarefa de restaurar a confiança do povo no partido e enfrentar o aumento do custo de vida, a escalada das tensões geopolíticas com a China e o possível retorno de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos no próximo ano.

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