Francisco rezou também pela "martirizada Ucrânia, onde todos os dias morrem muitas pessoas" e "há tanta dor" e fez um forte apelo sobre desarmamento, lembrando que "é o segundo 'Dia Internacional de Conscientização sobre Desarmamento e Não-Proliferação".
Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco voltou a apelar por um cessar-fogo "imediato" entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que garanta a libertação de reféns e a distribuição de ajuda humanitária aos civis.
– Basta, por favor! Vamos todos dizer basta, por favor! Parem! Encorajo vocês a continuar as negociações para um cessar-fogo imediato em Gaza e em toda a região – pediu ele após a oração do Angelus.
O religioso, que sofre de bronquite e apresentou sintomas gripais nas últimas semanas, leu sua reflexão perante uma multidão na Praça São Pedro e voltou a apelar por paz.
O Santo Padre pediu o fim das hostilidades no conflito "para que os reféns sejam libertados e a população civil possa ter acesso seguro à ajuda humanitária".
– Trago todos os dias no coração, com dor, o sofrimento das populações na Palestina e Israel, devido às hostilidades em andamento – revelou.
Segundo ele, existem "milhares de mortos, feridos e deslocados" e essa "imensa destruição causa dor, com consequências terríveis para os pequenos e indefesos que enxergam o seu futuro comprometido".
– Vocês realmente acham que podem construir um mundo melhor desta forma? Vocês realmente acham que podem alcançar a paz?, questionou.
Francisco rezou também pela "martirizada Ucrânia, onde todos os dias morrem muitas pessoas" e "há tanta dor" e fez um forte apelo sobre desarmamento, lembrando que "é o segundo 'Dia Internacional de Conscientização sobre Desarmamento e Não-Proliferação".
– Quantos recursos são desperdiçados em despesas militares que, por causa da atual situação, continuam tristemente a aumentar. Desejo vivamente que a comunidade internacional compreenda que o desarmamento, é acima de tudo, um dever – apelou.
Por fim, o argentino destacou que "o desarmamento é um dever moral" e é preciso que isto seja colocado "nas nossas cabeças".
– E isso exige a coragem, por parte de todos os membros da grande família das nações, de passar do equilíbrio do medo ao equilíbrio da confiança – concluiu.
Gaza
Hoje, um alto funcionário do Hamas disse que uma trégua na Faixa de Gaza é possível "dentro de 24 a 48 horas" se Israel aceitar as exigências do grupo.
– Se Israel aceitar as exigências do Hamas, que incluem o regresso dos palestinos deslocados ao norte de Gaza e um aumento na ajuda humanitária, isto poderá abrir caminho para um acordo nas próximas 24-48 horas – disse ele a fonte do Hamas sob condição de anonimato.
Representantes do Hamas, do Qatar e dos Estados Unidos estão no Cairo para negociar uma trégua e a libertação de reféns em Gaza, segundo meios de comunicação próximos do governo do Egito, país que assumiu um papel de mediador no conflito entre Israel e o Hamas.