Durante o Angelus, Francisco também pediu orações pela paz em países como Ucrânia, Sudão, e Myanmar.
Por Redação, com ANSA – da Cidade do Vaticano
O papa Francisco fez um novo apelo por um cessar-fogo na Faixa de Gaza nesta quinta-feira, dia em que acontece uma nova rodada de negociações em Doha, no Qatar, mas sem a presença do Hamas.
– Continuo acompanhando com preocupação a gravíssima situação humanitária em Gaza e peço mais uma vez que o fogo seja cessado em todos os frontes, que os reféns sejam libertados e que se ajude a população esgotada – disse o Pontífice no Angelus de 15 de agosto, data que celebra o dogma da assunção de Maria.
– Encorajo todos a realizar todos os esforços para que o conflito não se amplie e a percorrer os caminhos das negociações a fim de que essa tragédia termine em breve. Não nos esqueçamos que a guerra é uma derrota – acrescentou o papa.
Durante o Angelus, Francisco também pediu orações pela paz em países como Ucrânia, Sudão, e Myanmar.
Enviado do papa discute paz na Ucrânia com governo da China
O cardeal italiano Matteo Zuppi, enviado do papa Francisco para discutir a paz na Ucrânia, conversou por telefone com Li Hui, representante do governo da China para assuntos euroasiáticos.
Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira pela Santa Sé, o diálogo ocorreu na manhã de quarta, de maneira “cordial”, e deu sequência a um encontro realizado em Pequim em setembro passado.
“Foram manifestadas a grande preocupação pela situação (na Ucrânia) e a necessidade de favorecer o diálogo entre as partes, com garantias internacionais adequadas para uma paz justa e duradoura”, diz a nota.
A China vem tentando se colocar de forma mais decisiva como mediadora entre Moscou e Kiev, que travam uma guerra há dois anos e meio.
Recentemente, em visita a Guangzhou, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, chegou a dizer que a Ucrânia estava “pronta para conversar com a Rússia”, em um raro sinal de abertura a negociações entre os dois lados.
Após longos meses de impasse, a guerra entrou em uma nova fase na semana passada, com o início de uma inédita incursão terrestre da Ucrânia na região russa de Kursk. Segundo Kiev, o objetivo é criar uma “zona de amortecimento” para evitar que essa área da Rússia seja usada para o lançamento de ataques aéreos.