França pede que Reino Unido 'fale sério' sobre crise migratória no Canal da Mancha
Macron respondia a uma carta do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na qual este delineou medidas que disse que impedirão que os imigrantes empreendam a jornada perigosa pelo mar que separa os dois países.
Macron respondia a uma carta do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na qual este delineou medidas que disse que impedirão que os imigrantes empreendam a jornada perigosa pelo mar que separa os dois países.
Por Redação, com Reuters - de Paris/Londres
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse ao Reino Unido nesta sexta-feira que o país precisa "falar sério" ou continuar fora dos debates sobre como conter o fluxo de imigrantes fugindo da guerra e da pobreza pelo Canal da Mancha.
Presidente francês, Emmanuel Macron
Macron respondia a uma carta do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na qual este delineou medidas que disse que impedirão que os imigrantes empreendam a jornada perigosa pelo mar que separa os dois países.
Johnson, que disse anteriormente que a França tinha culpa, insistiu na carta que a vizinha concorde com patrulhas conjuntas em suas praias e que consinta em receber de volta os imigrantes que chegam ao Reino Unido.
Furioso com a carta, e não menos com o fato de que Johnson a publicou no Twitter, o governo francês cancelou um convite para a secretária do Interior britânica, Priti Patel, participar de uma reunião no domingo em Calais.
Reunião com autoridades
A reunião com autoridades de Alemanha, Holanda, Bélgica e Comissão Europeia acontecerá mesmo assim, disse Macron.
– Os ministros (da União Europeia) trabalharão seriamente para resolver questões sérias com pessoas sérias – disse Macron em uma coletiva de imprensa em Roma. "Então veremos como seguir adiante eficientemente com os britânicos, se eles decidirem falar sério", acrescentou.
A crise crescente entre o Reino Unido e a França, e entre seus líderes, acontece somente dias depois de 27 imigrantes morrerem tentando atravessar a rota marítima estreita entre os dois países, a pior tragédia já registrada em um dos canais de transporte mais movimentados do mundo.