Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Forças russas anunciam conquista da cidade de Kurakhove

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Segunda, 06 de Janeiro de 2025 às 11:39, por: CdB

As unidades russas “libertaram completamente a cidade de Kurakhove, a maior aglomeração do sudoeste do Donbass”, disse o Ministério em uma mensagem no Telegram.

Por Redação, com CartaCapital – de Moscou

As forças russas conquistaram a cidade mineira de Kurakhove, no leste da Ucrânia, anunciou o Ministério da Defesa russo nesta segunda-feira 6, após meses de constantes progressos na região.

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Local é considerado importante centro logístico pelo Kremlin

As unidades russas “libertaram completamente a cidade de Kurakhove, a maior aglomeração do sudoeste do Donbass”, disse o Ministério em uma mensagem no Telegram.

O Ministério afirmou que a cidade é um “centro logístico importante” e que sua conquista permitirá às forças russas se apoderarem do resto da região de Donetsk “a um ritmo acelerado”.

A cidade, que tinha 22 mil habitantes antes da guerra, está perto de um reservatório e abriga uma planta de energia elétrica.

Segundo o Ministério russo, as forças ucranianas tornaram Kurakhove “uma poderosa área fortificada com uma rede desenvolvida de posições de tiro e comunicações subterrâneas”.

Nos últimos meses, a Rússia acelerou seus avanços no leste da Ucrânia com o objetivo de se apoderar da maior quantidade de território possível antes da chegada ao poder do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro.

O republicano prometeu encerrar rapidamente esse conflito que começou há quase três anos, mas sem dar detalhes de como fará.

Rússia diz ter interceptado mísseis dos EUA lançados pela Ucrânia

O Exército russo afirmou neste sábado ter interceptado oito mísseis ATACMS dos Estados Unidos lançados pela Ucrânia contra seu território, um tipo de ataque apresentado por Moscou como uma linha vermelha no conflito, e prometeu “represálias” a Kiev.

“Os meios de defesa aérea derrubaram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabricação norte-americana e 72 drones”, afirmou o Exército russo, sem especificar se este novo ataque ucraniano deixou vítimas e danos materiais.

Horas depois, as forças russas afirmaram que “estas ações do regime de Kiev, que conta com o apoio de seus guardiões ocidentais, serão alvo de represálias”.

A administração do presidente americano em fim de mandato, Joe Biden, autorizou o uso destes mísseis por Kiev em novembro, após o envio, de acordo com as potências ocidentais e a Ucrânia, de milhares de tropas norte-coreanas em apoio às forças russas.

Desde então, a Ucrânia realizou vários ataques com mísseis ATACMS de longo alcance, bem como com Storm Shadows britânicos.

Prometendo “uma resposta”

A Rússia respondeu disparando pela primeira vez uma arma hipersônica experimental chamada “Oreshnik”, prometendo “uma resposta” a cada ataque ucraniano deste tipo em seu território.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que atacaria o centro de Kiev, uma ameaça que ele ainda não concretizou.

Em meados de dezembro, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que retornará à Casa Branca em 20 de janeiro, se opôs “veementemente” ao uso de mísseis ATACMS americanos pelo Exército ucraniano, citando uma “escalada” do conflito.

Perto da fronteira com a Ucrânia, duas pessoas ficaram feridas em um ataque de drones ucraniano na cidade de Shebekino, de acordo com o governador da região russa de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.

Na linha de frente, outra incursão ucraniana deixou pelo menos 10 pessoas feridas na cidade de Gorlivka, no território ocupado por Moscou no leste da Ucrânia, segundo seu prefeito, Ivan Prikhodko.

Mais ao norte, o Exército russo reivindicou neste sábado a tomada da pequena cidade de Nadiia, na região de Luhansk, na Ucrânia.

Quatro pessoas ficaram feridas em um ataque de drones russo no sul ucraniano, de acordo com o chefe da administração militar municipal da cidade de Kherson, Roman Mrochko.

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