Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Forças militares consignam apoio irrestrito ao novo presidente

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Quinta, 24 de Novembro de 2022 às 14:50, por: CdB

Os comandantes das Forças já informaram ao senador Jaques Wagner (PT-BA) que aguardam apenas a designação dos responsáveis pela transição na área da Defesa para iniciar o processo. Os nomes do Grupo Técnico no governo de transição devem ser divulgados oficialmente ainda nestas quinta ou sexta-feiras.

Por Redação - de Brasília
Distante do movimento golpista organizado pelo presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), os comandantes das Forças Armadas distendem o cenário político ao projetar a transição efetiva para o novo governo ao promover a entrega dos cargos aos generais indicados pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PL) já em dezembro. O propósito será permitir que, na posse em 1º de janeiro, o governo comece com os comandantes já no comando.
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Comandantes militares abrem espaço para a transição do governo
A Aeronáutica tem até data marcada para a cerimônia de transmissão de cargo: dia 23 de dezembro. As demais Forças pretendem fazer o mesmo, mas em datas diferentes, segundo apurou o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP). Assim, a passagem de bastão de um governo para o outro começaria pelas Forças Armadas. Oficiais-generais falaram ao OESP que consideram não haver problema nem mesmo legal, pois dizem acreditar que o presidente Bolsonaro não se oporia a publicar os decretos para nomear os escolhidos por Lula. Na equipe de transição, porém, a proposta das Forças Armadas causou estranheza, uma vez que os comandantes tomariam posse antes mesmo do ministro da Defesa, que deve ser um civil.

Ambiente

A medida, no entanto, evitaria quaisquer constrangimentos aos atuais comandantes, caso haja alguma ação ou protesto contra a posse do presidente eleito. “Dentro das três Forças se nega a ideia de que a decisão seja uma forma de os atuais comandantes não terem de se submeter, ainda que por alguns dias, ao governo Lula”, acrescenta o OESP. Na caserna, “acredita-se que a nova gestão deve ‘olhar para frente’ e deixar o atual ambiente conturbado para trás, priorizando a modernização das Forças Armadas, sem envolvê-las na política partidária, como tem tentado o atual chefe do Executivo”. Os comandantes das Forças já informaram ao senador Jaques Wagner (PT-BA) que aguardam apenas a designação dos responsáveis pela transição na área da Defesa para iniciar o processo. Os nomes do Grupo Técnico no governo de transição devem ser divulgados oficialmente ainda nestas quinta ou sexta-feiras. Nesta manhã, a equipe de transição do governo Lula (PT) conversou com o ex-comandante do Exército Edson Pujol e o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. O objetivo dos interlocutores de Lula é priorizar as conversas com ex-dirigentes das Forças Armadas, num movimento para mostrar respeito às instituições. Além de Pujol e Azevedo, os nomes procurados, em sua maioria, são de militares que ocuparam o alto escalão durante os governos petistas.
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