O novo projeto prevê um estádio de 72 mil lugares, com redução de assentos premium. O custo revisado, incluindo estádio, contingências, terreno, capital e entorno, chega a R$ 2,2 bilhões.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, apresentou nesta quarta-feira ao Conselho Deliberativo um novo levantamento sobre a construção do estádio no Gasômetro.

Segundo o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a obra só poderia ser concluída nos próximos 10 anos, com custo mínimo estimado em R$ 2,2 bilhões, apenas para tirar o projeto do papel. O objetivo é consolidar recursos e buscar parcerias estratégicas.
Alterações em relação à gestão anterior
A administração anterior projetava conclusão em 2029, com orçamento similar. Entretanto, a atual gestão identificou distorções no planejamento original, incluindo custos subestimados, prazos irreais e receitas superestimadas. A proposta atual prevê um estádio mais popular e alinhado à identidade do clube.
Descontaminação do terreno e negociações com Naturgy
O relatório da FGV apontou que a descontaminação do terreno, atualmente ocupado por tubulações da Naturgy, levará até dois anos, com remanejamento previsto em quatro anos. O Flamengo aguarda negociações entre a empresa e a prefeitura, que assumirá os custos. Após a emissão da licença, a construção poderá começar em até 36 meses.
Projeto otimizado e custos revisados
O novo projeto prevê um estádio de 72 mil lugares, com redução de assentos premium. O custo revisado, incluindo estádio, contingências, terreno, capital e entorno, chega a R$ 2,2 bilhões. O prazo mínimo para conclusão é julho de 2036, dependendo de fatores externos. O financiamento será baseado na geração de recursos internos, sem comprometer a performance esportiva do clube.
Análises detalhadas da FGV
Especialistas da FGV corrigiram distorções do plano anterior, apontando que o custo total atualizado pode chegar a R$ 3,1 bilhões, considerando inflação e custo de capital. As receitas do projeto anterior foram superestimadas, incluindo preços médios de ingressos, patrocínios e CPACs. O estudo também destacou que o cronograma original ignorava etapas essenciais, como o remanejamento da subestação da Naturgy.
Conclusão da gestão atual
A gestão atual desenvolveu um projeto viável, sem necessidade de transformar o clube em SAF e mantendo o desempenho esportivo. Foram criados times exclusivos para gestão do projeto, contratada a Arena para suporte técnico, e realizados estudos aprofundados sobre o terreno e alternativas de construção. O novo planejamento estabelece prazos e custos mais realistas, projetando a inauguração do estádio para a década de 2030.