Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Federação de Ginástica dos Estados Unidos pede falência por escândalo sexual

Entidade enfrenta 100 processos de mais de 350 vítimas de abuso de ex-médico e alega que entrou com pedido para acelerar o pagamento das indenizações.

Quinta, 06 de Dezembro de 2018 às 08:18, por: CdB

Entidade enfrenta 100 processos de mais de 350 vítimas de abuso de ex-médico e alega que entrou com pedido para acelerar o pagamento das indenizações.

Por Redação, com DW - de Nova York

A Federação de Ginástica dos Estados Unidos entrou com um pedido de falência na quarta-feira em meio ao escândalo envolvendo Larry Nassar, ex-médico da seleção nacional acusado de abusar sexualmente de dezenas de atletas.
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Entidade enfrenta 100 processos de mais de 350 vítimas de abuso de ex-médico
A entidade enfrenta 100 processos de mais de 350 vítimas de assédio do ex-médico e decidiu pedir falência para acelerar o pagamento das indenizações às atletas. – Devemos às vítimas a resolução das reivindicações baseadas em atos horríveis do passado e, através deste processo, tratamos de acelerar essa resolução – afirmou a presidente da Federação de Ginástica dos EUA, Kathryn Carson, à imprensa local. Com esse objetivo, a entidade decidiu solicitar a proteção do capítulo 11 do Código de Falências dos EUA em um tribunal de Indianápolis. A ação permite que instituições com problemas financeiros criem um plano de reestruturação para pagar credores. O pedido pode, porém, dificultar os esforços das vítimas para receber as indenizações por meio dos processos contra a organização. Com o pedido, qualquer tipo de litígio deve ser suspenso até a decisão final do tribunal de falências. Em dois julgamentios, Nassar já foi condenado a até 300 anos de prisão por assédio sexual de mais de 350 adolescentes e mulheres, entre elas as medalhistas olímpicas Simone Biles, Aly Raisman, Gabby Douglas e McKayla Maroney. Em junho, ele também foi acusado no Texas por ter abusado de seis ex-pacientes num local que foi utilizado pela seleção americana de ginástica na cidade de Huntsville. O escândalo causou a renúncia de todos os diretores da Federação de Ginástica dos Estados Unidos e de funcionários do alto escalão da Universidade Estadual de Michigan, onde Nassar trabalhou. Em maio, a faculdade fechou um acordo para pagar 500 milhões de dólares em indenizações a 332 vítimas do ex-médico. Muitas das ginastas que foram abusados por Nassar acusaram a federação de falhar ao não investigar suspeitas e reclamações sobre sua má conduta.
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