Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

FBI acessa dados pessoais de usuários do WhatsApp e iMessage em tempo real

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Quarta, 01 de Dezembro de 2021 às 08:22, por: CdB

 

Um relatório do FBI divulgado revelou o alcance dos dados pessoais que a agência norte-americana é capaz de coletar de mensageiros populares como o iMessage da Apple e o WhatsApp, usando uma ordem judicial ou intimação.

Por Redação, com Sputnik - de Washington

Apesar de ambas as plataformas prometerem máxima segurança e proteção de dados aos usuários, a própria agência norte-americana descreve estas plataformas como as mais permissivas que existem.

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FBI acessa dados pessoais de usuários do WhatsApp e iMessage em tempo real, aponta relatório

Um relatório do FBI divulgado na segunda-feira revelou o alcance dos dados pessoais que a agência norte-americana é capaz de coletar de mensageiros populares como o iMessage da Apple e o WhatsApp, usando uma ordem judicial ou intimação.

O relatório, datado de 7 de janeiro de 2021, elaborado em conjunto pelas divisões de Ciência e Tecnologia e de Tecnologia Operacional do FBI, revela os diferentes meios que a agência possui para extrair dados confidenciais dos usuários de nove plataformas de mensagens, especificamente o iMessage da Apple, Line, Signal, Telegram, Threema, Viber, WeChat, WhatsApp e Wickr.

Segundo a publicação da revista Rolling Stone, o WhatsApp pode fornecer informações praticamente em tempo real sobre um usuário e suas atividades graças aos metadados que gera. Embora o FBI não possa acessar diretamente as mensagens, tem à sua disposição outros valiosos dados do usuário espiado, como seus contatos e registro de comunicações.

– O fato de o WhatsApp oferecer toda esta informação é devastador para um jornalista que se comunica com uma fonte confidencial – alertou Daniel Kahn Gillmos, da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês).

Relatório do FBI

Além disso, o relatório do FBI revela que outro gigante tecnológico, a Apple, tem a obrigação de entregar informações básicas de seus usuários, bem como os registros de 25 dias de atividade no iMessage.

Com uma ordem judicial, a agência norte-americana tem o direito de acessar as mensagens enviadas e recebidas que podem estar armazenadas no iCloud.

Apesar de o WhatsApp e o iMessage prometerem aos seus clientes a máxima segurança e proteção de seus dados, o próprio relatório do FBI descreve os dois aplicativos como os mais permissivos que existem.

Em comparação, a plataforma Signal fornece apenas a data e a hora que o usuário se registra e conecta. Por sua vez, o Wickr fornece dados sobre o dispositivo, a data de criação da conta e informações básicas do usuário.

– A privacidade é essencial para a democracia. A facilidade com que o FBI vigia nossos dados em rede, extraindo os detalhes mais íntimos de nossa vida cotidiana, ameaça a todos nós e abre caminho para um governo autoritário – ressaltou Ryan Shapiro, diretor-executivo da Property of the People, organização com sede em Washington, que divulgou o relatório.

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