Investigações preliminares apontam que o empresário italiano foi morto por dois tiros após discutir com um ex-agente dono de uma pousada sobre a instalação de um carrinho de churros. Ele estava no Brasil há 12 anos e decidiu abrir a sorveteria "II Meneghino" em abril de 2013.
Por Redação, com ANSA - de Brasília
Familiares do empresário italiano Fabio Campagnola, morto a tiros na Praia do Francês, em Maceió, após uma discussão com um ex-policial, pediram justiça às autoridades brasileiras.
– Queremos justiça. Que não se esqueçam que mataram meu irmão.Ele merece – apelou, em lágrimas, a irmã do italiano, Cinzia Campagnola, em nome também de seu irmão Nicola e sua mãe Laura.
Todos são residentes de Casale Popolo, em Alexandria, na Itália, e aguardam a notícia sobre a prisão do assassino de Campagnola "o mais rápido possível".
– O ex-policial mora na pousada, logo em cima da sorveteria, na verdade eles se conheciam. As tensões sobre o carrinho para vender os churros já existiam desde segunda-feira – explicou a italiana, ressaltando que a esposa do criminoso continuou discutindo.
– Os ânimos haviam superaquecidos um pouco. Fabio expulsou o ex-policial, mas este quis matá-lo. E o fez a sangue frio e à queima-roupa – acrescentou Cinzia.
Violência
Segundo a irmã da vítima, a dinâmica do crime foi imortalizada em um vídeo publicado nas redes sociais e que, infelizmente, foi retransmitido pelas televisões italianas, fazendo a mãe Laura ficar "na mais profunda agonia".
Nas imagens, a idosa viu seu filho morrer no chão, além de reconhecer seu neto Diego, de 10 anos, enquanto fugia.
A família informou ainda que entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores da Itália e a embaixada italiana no Brasil.
De acordo com Cinzia, Campagnola era amigo de todos e, quando morava na Itália, jogou em diversos time de futebol na província de Alexandria. Ele estava no Brasil há 12 anos e decidiu abrir a sorveteria "II Meneghino" em abril de 2013. Logo depois tornou-se sócio-administrador da lanchonete "Pippos lanches e refeições", no bairro da Ponta Verde, em Maceió, há três anos.
Investigações preliminares apontam que o empresário italiano foi morto por dois tiros após discutir com um ex-agente dono de uma pousada sobre a instalação de um carrinho de churros.
Além de Diego, fruto de seu relacionamento com uma alagoana, o italiano deixa Dario, 32 anos, seu primogênito com sua primeira mulher, Monica. "A vida pode acabar no modo mais absurdo e imprevisível", concluiu Cinzia.