Há suspeita de que incêndio tenha se iniciado com inflamação do gás metano presente no local. Substância é liberada no "pum" e arroto de bovinos.
Por Redação, com DW - de Washington
Uma explosão seguida de um incêndio na noite de segunda-feira na localidade de South Fork Dairy, no Estado do Texas, nos Estados Unidos, matou cerca de 18 mil vacas e feriu uma funcionária da fazenda.
Em um comunicado, o Comissário para a Agricultura do Texas, Sid Miller, disse que as causas do incidente ainda são desconhecidas e classificou o episódio como um "acontecimento horrível". "Esse foi o incêndio mais mortal em um celeiro na história do Texas, e a limpeza e a investigação devem levar algum tempo", afirmou.
O xerife do condado de Castro, Sal Rivera, disse que o incidente pode ter sido iniciado após um superaquecimento de um sistema para remover esterco que causou à ignição do gás metano presente no local. No entanto, ele destacou que o caso ainda está sob investigação. "Assim que soubermos as causas e os fatores que levaram a essa tragédia, o público será plenamente informado a respeito. Para que tragédias como essa possam ser evitadas no futuro", destacou.
Um dos principais gases causadores do efeito estufa, o metano é liberado no arroto e "pum" de bovinos e é resultado do processo de digestão destes animais.
Funcionária da fazenda
Uma funcionária da fazenda teria ficado gravemente ferida após ficar presa dentro da instalação em chamas. Ela foi resgatada por policiais e bombeiros e levada a um hospital da cidade de Lubbock.
De acordo com as autoridades, os proprietários da fazenda não foram localizados. Um vídeo publicado no Twitter estimou que o celeiro tenha mais de 198 mil metros quadrados.
– Há lições a serem aprendidas, e o impacto desse incêndio pode influenciar o entorno [da fazenda] e também a própria indústria – disse Miller.
O incidente levou o Animal Welfare Institute, uma das mais antigas instituições de combate ao sofrimento animal, a instar o Texas a impor regulamentos federais de proteção nos criadouros: "As fazendas devem trabalhar ainda mais para proteger os animais, adotando medidas padrões de segurança contra incêndios", escreveu o instituto no Twitter.