O jornalista é acusado pelo governo norte-americano de vazar mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades diplomáticas e militares do país. Se for extraditado, poderá ser condenado a 175 anos de prisão.
Por Redação, com Poder360 - de Washington/Londres
Os Estados Unidos atenderam a uma ordem da Suprema Corte do Reino Unido, em Londres, e forneceram garantias que podem levar à extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
O jornalista é acusado pelo governo norte-americano de vazar mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades diplomáticas e militares do país. Se for extraditado, poderá ser condenado a 175 anos de prisão.
Em 26 de março, a Corte britânica deu três semanas para que a Casa Branca enviasse novos documentos e respondessem a perguntas sobre o caso. “O senhor Assange não será extraditado imediatamente.
O Tribunal deu ao governo dos Estados Unidos 3 semanas para dar garantias satisfatórias”, disse a Suprema Corte na decisão. O prazo para o envio da documentação terminou na terça-feira.
Liberdade de expressão
No documento, ao qual à agência inglesa de notícias Reuters teve acesso, a Casa Branca afirma que Assange poderá recorrer à primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. Porém, destaca que a “aplicabilidade da primeira Emenda é exclusivamente da competência dos tribunais dos EUA”. O documento também diz que a sentença de morte não será solicitada nem imposta.
Julian Assange está preso na Inglaterra desde 2019. Antes, de 2012 a 2019, ele ficou confinado em asilo na Embaixada do Equador em Londres.
Os EUA pedem a extradição para que o fundador do Wikileaks responda a 18 acusações no país, a maioria relacionada à divulgação de dados confidenciais militares. Uma nova audiência está marcada para 20 de maio, em Londres.