O coordenador para Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que não podia confirmar qualquer acordo, informa a Bloomberg. Por sua vez, Joe Biden também afirmou que havia discutido o acordo sobre semicondutores com os dois países.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
O subsecretário de Comércio dos EUA, Don Graves, admitiu um acordo com o Japão e os Países Baixos para impor novas restrições à exportação para a China de ferramentas para a produção de chips.
– Não podemos falar sobre um acordo neste momento (…) Porém, certamente, podem falar com nossos amigos no Japão e nos Países Baixos –observou.
Contudo, o coordenador para Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que não podia confirmar qualquer acordo, informa a Bloomberg.
Por sua vez, Joe Biden também afirmou que havia discutido o acordo sobre semicondutores com os dois países.
– Sim, falamos sobre muitas coisas, porém muitas delas são privadas – afirmou Biden.
Para que as restrições impostas pelos EUA sejam eficazes, Washington precisa envolver os Países Baixos e o Japão, onde se localizam os maiores fabricantes de chips ASML e Tokyo Electron, entre outros.
Os EUA não estão poupando esforços para conter o crescimento chinês, seu principal concorrente, para, segundo os americanos, "proteger a segurança nacional e os interesses da política exterior norte-americana".
Laboratório de armas nucleares da China
O jornal norte-americano The Wall Street Journal revelou que a Academia Chinesa de Engenharia Física (CAEP, na sigla em inglês) comprou sofisticados semicondutores fabricados por empresas americanas, como a Intel e Nvidia.
De acordo com o jornal, nos últimos dois anos e meio foram realizadas pelo menos uma dezena de compras, mesmo o gigante asiático estando em uma lista negra de exportações dos EUA desde 1997.
Segundo relata a mídia, o principal instituto de pesquisa em matéria de armas nucleares da China, cujos físicos ajudaram a desenvolver a primeira bomba de hidrogênio do país, obteve chips por revendedores locais.
Alguns destes chips foram comprados como componentes de sistemas informáticos, e muitos deles foram obtidos pelo laboratório do instituto que estuda a dinâmica de fluídos computacionais, um amplo campo científico que inclui a modernização de explosões nucleares, detalha o jornal, citando documentos de compras.
Além disso, o jornal revela que foram encontradas 34 publicações de pesquisas realizadas pela CAEP na última década em referência ao uso de semicondutores norte-americanos, tanto para análises de dados como para a geração de algoritmos.
Segundo os especialistas nucleares, pelo menos em sete destas publicações pode haver aplicações na manutenção de reservas nucleares.
A CAEP foi uma das primeiras instituições sancionadas pelos EUA para evitar que potências estrangeiras utilizem produtos norte-americanos na pesquisa de armas atômicas.