Os testes de segurança são fruto de um convênio assinado no ano passado entre a universidade e a Justiça Eleitoral. Durante seis meses, uma equipe de até 15 profissionais fez uma imersão para tentar corromper o aparelho e descobrir fragilidades no sistema.
Por Redação, com Brasil 247 - de Brasília
Engenheiros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) informaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após meses de testes, que não foi possível encontrar vulnerabilidades na urna eletrônica que será usada nas eleições de outubro. A reportagem é do diário conservador carioca O Globo.
Os testes de segurança são fruto de um convênio assinado no ano passado entre a universidade e a Justiça Eleitoral. Durante seis meses, uma equipe de até 15 profissionais fez uma imersão para tentar corromper o aparelho e descobrir fragilidades no sistema.
A Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também entregaram ao Tribunal conclusões atestando a segurança e a auditabilidade dos sistemas.
Ataque à urna
Liderados pelo professor Wilson Ruggiero, do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc), os engenheiros tentaram oito estratégias diferentes de ataque à urna, todas sem sucesso. Os modelos testados foram o UE 2015 e o UE 2020, os mais recentes dos 577 mil aparelhos que serão usados nas eleições.
— Mergulhamos profundamente no código-fonte, e não achamos nenhuma vulnerabilidade. Tentamos de tudo quanto é jeito — diz o engenheiro.
O código-fonte é um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para o devido funcionamento do sistema, e sua abertura permite a fiscalização dos equipamentos pela sociedade civil. Como a urna não é conectada à Internet, seria preciso violá-la fisicamente para ter acesso ao sistema.