A restrição, mesmo que parcial de sono, tem impacto negativo na memória de trabalho e nas habilidades de pensamento estratégico, que são funções cognitivas associadas ao lobo frontal. “Durante o sono, o cérebro decide o que vai consolidar na memória do que foi aprendido no dia anterior.
Por Redação, com ABr - de São Paulo
Com a proximidade do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), muitos alunos passaram a estudar mais durante as noites. No entanto, os estudantes não devem trocar horas de sono pelos estudos, alerta o médico do Instituto do Sono, o pediatra Gustavo Moreira. A estratégia é errada e pode comprometer o desempenho cognitivo do aluno no dia seguinte. A restrição, mesmo que parcial de sono, tem impacto negativo na memória de trabalho e nas habilidades de pensamento estratégico, que são funções cognitivas associadas ao lobo frontal. “Durante o sono, o cérebro decide o que vai consolidar na memória do que foi aprendido no dia anterior. Por isso, a privação de sono pode piorar o desempenho cognitivo”, destaca o médico. De acordo com o Instituto do Sono, pesquisadores norte-americanos compararam, em uma pesquisa realizada em 2015, o desempenho acadêmico e o padrão de sono de 364 alunos da Universidade de Auburn. Eles constataram que, na véspera dos exames, mais de 80% dos estudantes costumavam dormir menos de 7 horas. O estudo, porém, concluiu que a maior duração de sono na noite anterior às provas estava relacionada a notas mais altas no curso.