O espetáculo une diversas linguagens da dança, música e cultura popular, juntando tradições paraibanas como o coco de roda, cavalo marinho e ciranda, além de ter influências afro-diaspóricas, a exemplo do hip hop e de danças urbanas estadunidenses.
Por Redação, com Brasil de Fato – de Brasília
As artistas e brincantes Karla Oliveira e Lua Camboatá apresentam nesta sexta-feira o espetáculo de dança Corpa Futurista. Com entrada gratuita, o evento acontecerá às 20h, no Ateliê Multicultural Elionai Gomes, em João Pessoa.
O espetáculo une diversas linguagens da dança, música e cultura popular, juntando tradições paraibanas como o coco de roda, cavalo marinho e ciranda, além de ter influências afro-diaspóricas, a exemplo do hip hop e de danças urbanas estadunidenses.
De acordo com as artistas, o espetáculo “deságua” mais 10 anos de estudos e vivências das artistas com mestres e brincadeiras da cultura popular da Paraíba. O trabalho surgiu da conexão de Karla Oliveira e Lua Camboatá para performar e fazer a direção coreográfica de clipes e show da artista Luana Flores e seu projeto Nordeste Futurista. A ligação entre as duas teve continuidade na pesquisa Corpa Futurista – a cena brincada do Nordeste futurista, com direção da artista e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Valéria Vicente.
Para Lua Camboatá, a caminhada do Corpa Futurista está apenas começando. “É uma pesquisa de movimento que vai muito além de um processo criativo cênico. Além até do que eu, Karla e Valéria conseguimos elaborar até agora. Em mim, o corpa tem a ver com um conceito que tento desenvolver academicamente chamado ‘corpreensão’. Corpreensão é de uma natureza de apreensão do mundo, leitura de mundo, pelo corpo todo, pelos sentidos que não estão catalogados, diria assim”, explica a artista. “O Corpa Futurista é um portal que me faz ter encontros por meio da dança”, comenta Karla Oliveira.
Além da apresentação de estreia nesta sexta-feira, o espetáculo será apresentado para os integrantes do Cavalo Marinho infantil Sementes do Mestre João do Boi, da Mestra Tina e no terreiro da Mestra Ana do Coco, no Conde, e para todos os artistas envolvidos no trabalho. “O diálogo efetivo e o retorno da pesquisa para os mestres e suas comunidades é fundamento da licença para brincar”, enfatizam as artistas.
Em 2023, o espetáculo foi aprovado na Lei Paulo Gustavo Municipal (Governo Federal/Ministério da Cultura/PMJP/Funjope/FMC). A partir disso, os figurinos foram construídos e a trilha sonora de Lucas Dan foi produzida especialmente para o espetáculo de estreia.
Serviço
Local: Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, situado na rua da Areia , 155 – Varadouro.
Data: 20 de setembro de 2024, às 20h.
Indicação etária: Livre
Entrada Gratuita.
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