Alex Cifuentes, que se autodescreve como ex-braço-direito de Guzmán, discutiu o suposto suborno durante interrogatório conduzido por Jeffrey Lichtman, um dos advogados de Guzmán, na corte federal do Brooklyn.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do México
O narcotraficante mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán pagou US$ 100 milhões em propina ao ex-presidente do México Enrique Peña Nieto, disse na terça-feira em depoimento como testemunha um ex-colaborador de Guzmán, afirmando já ter passado a informação a autoridades dos Estados Unidos. Alex Cifuentes, que se autodescreve como ex-braço-direito de Guzmán, discutiu o suposto suborno durante interrogatório conduzido por Jeffrey Lichtman, um dos advogados de Guzmán, na corte federal do Brooklyn. Questionado se disse a autoridades em 2016 que Guzmán organizou a propina, Cifuentes respondeu: “É isso mesmo”. A Reuters não conseguiu encontrar Peña Nieto ou seu ex-porta-voz de imediato para comentar. Anteriormente, ele negou aceitar subornos. Seu ex-chefe de gabinete usou as redes sociais para rejeitar a acusação. – As declarações do traficante de drogas colombiano em Nova York são falsas, difamatórias e absurdas – escreveu Francisco Guzmán em publicação no Twitter, acrescentando que o governo Peña Nieto “localizou, deteve e extraditou” Guzmán. As alegações estão entre as mais explosivas a virem à tona durante o julgamento de Guzmán, que começou em novembro e, até agora, contava com testemunhos de corrupções menores. Guzmán, de 61 anos, foi extraditado para os Estados Unidos em 2017 para enfrentar acusações de tráfico de cocaína, heroína e outras drogas para o país como líder do cartel de Sinaloa.