Rio de Janeiro, 11 de Dezembro de 2025

Drenagem recorde destrava avanço das obras no Metrô da Gávea

Após 8 anos submersa, a estação do Metrô da Gávea avança com novas detonações e previsão de inauguração em 2028, prometendo conectar melhor a Zona Sul.

Quinta, 11 de Dezembro de 2025 às 13:33, por: CdB

Metrô da Gávea volta a avançar após remoção da água que encobria o canteiro, com novas detonações e previsão de inauguração em 2028 impulsionando expectativas sobre a Linha 4.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Depois de oito anos submersa, a futura estação do Metrô da Gávea finalmente voltou a respirar. O governo fluminense concluiu o esvaziamento de cerca de 60 milhões de litros de água que inundavam o canteiro desde 2016 e retomou nesta semana as detonações em rocha, etapa fundamental para abrir os 60 metros de túnel que ainda faltam para conectar a Linha 4 entre São Conrado e Gávea.

Drenagem recorde destrava avanço das obras no Metrô da Gávea | Túnel que integra a futura estação da Gávea
Túnel que integra a futura estação da Gávea

Segundo a secretária estadual de Transportes e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem, o processo de desaguamento terminou dois meses antes do previsto, permitindo acelerar o calendário. As detonações, agora retomadas, devem durar aproximadamente 11 meses, tempo necessário para remover cerca de 140 mil toneladas de pedras e instalar trilhos e estruturas internas. Quando pronta, a estação deve receber até 20 mil passageiros por dia.

O governador Cláudio Castro comemorou o avanço e afirmou que o acordo jurídico firmado neste ano, incluindo um Termo de Ajustamento de Conduta, garantiu segurança e transparência para a conclusão da obra. Pelo entendimento, o MetrôRio passa a operar a Linha 4 mediante investimento de R$ 600 milhões e extensão do contrato até 2048.

Apesar do reencontro com o cronograma, o projeto não será mais o mesmo planejado no início da década. A ligação direta da Gávea com as estações de Ipanema foi descartada, já que a retomada do tatuzão, máquina usada para escavações profundas, não ocorrerá. Assim, quem quiser seguir da Gávea para a Zona Sul terá que fazer baldeação em São Conrado.

A expectativa é entregar a estação em julho de 2028, marcando um capítulo que ficou interrompido desde a crise financeira da gestão Luiz Fernando Pezão, quando as bombas de sucção foram desligadas e a estrutura foi tomada pela água.

Adutora em São Cristóvão

A Águas do Rio concluiu, na madrugada desta quinta-feira, a substituição do trecho da tubulação que rompeu na Rua Figueira de Melo, em São Cristóvão, Zona Norte, e provocou alagamentos e transtornos na região.

No início da manhã, equipes da concessionária ainda trabalhavam nos ajustes finais do reparo. A previsão é de que a repavimentação da via seja concluída até esta sexta-feira.

Com o rompimento da adutora de 800 milímetros, por volta das 11h de quarta-feira, a rua abriu uma cratera. A pista de asfalto cedeu quando um ônibus da Rio Ita passava, que acabou colidindo e ficando preso no asfalto.

Vídeos publicados nas redes sociais mostravam a região tomada pela água. Segundo a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que cuida do sistema de drenagem, as equipes foram até o local para realizar o escoamento da água e apoiar a Águas do Rio.

Impactos

O vazamento na Rua Figueira de Melo provocou desvios nos itinerários de 15 linhas de ônibus que passam pela via.

Para reduzir os impactos do vazamento, o fornecimento de água foi temporariamente interrompido em partes da área central, conforme informou a Águas do Rio.

Segundo a companhia, as regiões com abastecimento afetado são: São Cristóvão, Santo Cristo, Praça da Bandeira, Cidade Nova, Estácio, Cidade Nova, Gamboa, Saúde e Centro.

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