O mercado se mantinha atento ainda à definição da Ptax de fim de mês, evento que tradicionalmente adiciona volatilidade aos negócios.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O dólar apresentava desvalorização frente ao real nesta sexta-feira, em dia no geral positivo para moedas emergentes, com agentes dos mercados se mantendo otimistas em meio a esperanças de que Estados Unidos e China voltem às negociações e superem sua disputa comercial.
O mercado se mantinha atento ainda à definição da Ptax de fim de mês, evento que tradicionalmente adiciona volatilidade aos negócios.
- É normal para o último dia do mês ter essa oscilação por conta da Ptax. Geralmente, quem está ‘comprado’ tende a pressionar a taxa para cima e quem está vendido tenta pressionar a taxa para baixo - afirmou Jefferson Laatus, sócio-fundador do Grupo Laatus.
Às 11:45, o dólar recuava 0,61%, a R$ 4,1464 na venda.
Na véspera, o dólar teve alta de 0,34%, a R$ 4,1717 na venda, maior nível para um encerramento desde 13 de setembro de 2018 e a 0,58% de recorde histórico de fechamento.
Na B3, o dólar futuro cedia 0,56%, a R$ 4,1460.
Nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as equipes de negociadores comerciais chinesas e norte-americanas estão mantendo uma comunicação eficaz.
Na véspera, o Ministério do Comércio da China havia dito que os dois países estavam discutindo a próxima rodada de negociações comerciais presenciais marcada para setembro, mas as expectativas de avanço dependiam da capacidade dos EUA de criarem condições favoráveis.
As declarações de autoridades chinesas proporcionaram um alívio para as preocupações em torno da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo e elevaram a procura por ativos mais arriscados.
A moeda norte-americana mostrava nesta sexta-feira desvalorização frente a algumas moedas emergentes, com a lira turca em alta de 0,35% e o rand sul-africano com ganho de 0,58%.
Ibovespa avança
A bolsa paulista mantinha a alta nesta sexta-feira, favorecida pelo viés externo positivo, diante de sinais de que EUA e China irão retomar as negociações comerciais, com Lojas Americanas entre as maiores altas do Ibovespa após anúncio de que discute parceria com a BR Distribuidora para lojas de conveniência.
Às 11:22, o Ibovespa subia 0,56 %, a 101.088,51 pontos. O volume financeiro somava R$ 3,97 bilhões. Tal desempenho ajudava a confirmar uma performance positiva na semana, mas agosto ainda caminhava para um resultado fraco.
No exterior, repercutia positivamente que equipes de negociadores comerciais de China e Estados Unidos estão mantendo uma comunicação eficaz, conforme declaração do Ministério das Relações Exteriores chinês, com ambos os países em um embate tarifário de centenas de bilhões de dólares.
Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,25%.
- O finalzinho do mês foi mais positivo para as bolsas internacionais com a retórica menos beligerante de autoridades americanas e chinesas - destacou a Coinvalores, ponderando que, apesar de discursos mais amenos, tarifas de parte a parte estão marcadas para passar a valer no primeiro dia de setembro.
Para a equipe da Coinvalores, o mercado continua acompanhando o desenrolar das negociações, que deve seguir sendo o principal direcionador das bolsas no curto e médio prazos, conforme nota distribuída a clientes.