O desabamento fechou a via nos dois sentidos, interrompendo a principal ligação entre a Zona Sul e os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
O município do Rio de Janeiro entrou em estágio de crise no início da tarde desta sexta-feira depois que uma estrutura de concreto desabou no Túnel Rafael Mascarenhas (Acústico). O desabamento fechou a via nos dois sentidos, interrompendo a principal ligação entre a Zona Sul e os bairros da Barra da Tijuca e São Conrado.
Av. Niemeyer também está fechadada e cidade está em estágio de crise
Ainda não há informações sobre feridos no desabamento. O Corpo de Bombeiros está no local, que é parte do percurso da autoestrada Lagoa-Barra.
A prefeitura do Rio de Janeiro pede que os motoristas evitem trafegar entre a Zona Sul e a Barra, já que a Avenida Niemeyer, a outra ligação entre as duas regiões, também está totalmente bloqueada. A via foi fechada na quinta-feira por causa de um deslizamento de terra em São Conrado.
A mobilidade na Zona Sul da cidade está ainda mais prejudicada porque o Túnel Rebouças, ligação da Lagoa Rodrigo de Freitas com o Centro e a Zona Norte, está parcialmente interditado, devido a um acidente no sentido Zona Sul.
A cidade já havia entrado em estágio de atenção na manhã desta sexta por causa dos problemas de mobilidade. Além disso, há previsão de chuva forte para esta sexta-feira, além de ventos moderados a fortes e ressaca com ondas de até 2,5 metros.
Ônibus é incendiado
Um ônibus foi incendiado por volta das 20h de quarta-feira, nas esquinas das avenidas Presidente Vargas e Passos, no centro do Rio de Janeiro, a cerca de um quilômetro da Central do Brasil, onde milhares de pessoas se dispersavam após a manifestação contra o bloqueio de verbas das universidades públicas e institutos federais. O coletivo da empresa Mauá vinha do município de Niterói para a Praça XV, no centro. Não houve feridos.
Antes disto, ao final da manifestação, por volta das 19h35, um grupo de cerca de 150 pessoas, a maioria vestida de preto e com máscaras, atirou pedras e tentou destruir uma base da Operação Centro Presente, projeto de segurança resultado de uma parceria entre o governo do Estado, prefeitura do Rio e Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio).
A tropa de choque da Polícia Militar chegou ao local e usou bombas de gás e de efeito moral na tentativa de pôr fim ao tumulto. Os manifestantes ainda atearam fogo em uma barricada.
Após o incêndio do ônibus, que foi controlado pelos bombeiros, manifestantes mascarados foram vistos caminhando em direção à Cinelândia, no centro.
Normalidade
Por volta das 22h, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a cidade retornou ao Estágio de Normalidade, após a manifestação contra o bloqueio de verbas e que interditou as principais vias da região do centro.
A Federação de Transportes Rodoviários do Estado (Fetranspor) repudiou, em nota, o ataque criminoso ao ônibus no centro da cidade. “É mais um veículo com ar-condicionado que ficará fora de circulação por ações criminosas, que já destruíram 186 ônibus em todo o estado desde 2016.
Desses, 42% eram climatizados. Dos 186 ônibus atacados, apenas seis foram recuperados. A população é a mais prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema”, informou a federação na nota.