Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Conta de luz eleva inflação até estourar o teto da meta, segundo BC

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Quinta, 08 de Julho de 2021 às 13:48, por: CdB

Oito dos nove grupos tiveram alta em junho. E a inflação subiu em todas as áreas pesquisadas. Em quatro delas, o IPCA acumulado superou os 10%. Embora alguns tenham aumentado menos no mês passado, itens como gás, energia elétrica e combustíveis (com quase 44% em 12 meses) continuam pressionando o custo de vida.

Por Redação, com RBA - de Brasília

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,53% em junho, abaixo de maio, mas na maior taxa para o mês desde 2018, segundo o IBGE. Com o resultado divulgado nesta quinta-feira, o índice oficial de inflação somou 3,77% no primeiro semestre. Em 12 meses, foi a 8,35%, maior variação acumulada desde setembro de 2016.

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A conta de luz está na bandeira mais alta e tende a ter o preço novamente reajustado, nos próximos meses

Oito dos nove grupos tiveram alta em junho. E a inflação subiu em todas as áreas pesquisadas. Em quatro delas, o IPCA acumulado superou os 10%. Embora alguns tenham aumentado menos no mês passado, itens como gás, energia elétrica e combustíveis (com quase 44% em 12 meses) continuam pressionando o custo de vida.

Assim, no grupo Habitação (alta de 1,10% no mês), a energia elétrica subiu menos (de 5,37% para 1,95%), mas representou o maior impacto individual de junho, com 0,09 ponto percentual. Além da energia, o IBGE destaca a taxa de água e esgoto, com alta média de 1,04%, depois de reajustes em São Paulo e Curitiba. Os preços do gás de botijão e encanado também aumentaram: 1,58% e 5,01%, respectivamente.

Alimentos

Em Alimentação e Bebidas, a variação foi de 0,43%, quase igual à de maio. Segundo o instituto, a alimentação no domicílio subiu 0,33%, com o quinto aumento seguido do item carnes (1,32%), que agora soma 38,17% em 12 meses. Por outro lado, caíram os preços de batata inglesa (-15,38%), cebola (-13,70%), tomate (-9,35%) e frutas (-2,69%). Já a alimentação fora subiu 0,66% – o lanche aumentou 0,24% e a refeição, 0,85%.

No grupo Transportes (0,41%), os combustíveis subiram 0,87% e somam 43,92% nos últimos 12 meses. Apenas a gasolina teve aumento médio de 0,69% e impacto de 0,04 ponto na inflação de junho. O IBGE apurou ainda aumentos no etanol (2,14%), no óleo diesel (1,10%) e no gás veicular (0,16%).

Planos de saúde

Automóveis novos (0,51%) e usados (0,58%) mantêm alta, assim como motocicletas (0,90%). E itens relacionados acompanham o aumento, como pneu (2,10%) e conserto de automóvel (0,43%). As passagens aéreas caíram 5,57% (impacto de -0,02 ponto).

Com aumento médio de 0,67% nos planos de saúde e de 0,68% em itens de higiene pessoal, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu 0,51% e representou 0,07 ponto na taxa geral. Vestuário foi o grupo com maior variação no mês: 1,21%, e impacto de 0,05 ponto. Subiram preços de calçados e acessórios (1,53%), roupas masculinas (1,52%) e femininas (1,10%).

Entre as áreas pesquisadas, o maior índice de junho foi apurado na região metropolitana de Recife (0,92%) e o menor, em Brasília (0,17%). Em 12 meses, o IPCA vai de 7,13% (Brasília) a 12,06% (Rio Branco).

Em dobro

Também supera os dois dígitos em Campo Grande (11,38%), São Luís (10,36%) e Fortaleza (10,07%). Na Grande São Paulo, soma 7,53%, acima do Rio de Janeiro (6,84%). Belo Horizonte e Porto Alegre têm taxas próximas: 9,08% e 9,07%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,60%, abaixo de maio, mas o dobro de junho de 2020. Com isso, foi de 3,9% no ano e 9,22% em 12 meses.

Produtos alimentícios subiram 0,47%. E os não alimentícios tiveram alta de 0,64%.

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