O Twitter foi um dos gigantes digitais que aderiu ao código europeu contra a desinformação, mas depois de ser comprado pelo bilionário Elon Musk passou a chamar-se X e se retirou do acordo.
Por Redação, com Reuters - de São Francisco
Uma análise realizada pela Comissão Europeia em Espanha, Polônia e Eslováquia mostrou que a rede social X (antigo Twitter) tem a maior proporção de desinformação das redes sociais, disse a vice-presidente da Comissão, Vera Jourova, nesta terça-feira.
O estudo piloto foi realizado durante um período de três meses e mostrou que a rede X está muito abaixo dos parâmetros previstos pela União Europeia no seu código de práticas contra a desinformação, afirmou Jourova.
O Twitter foi um dos gigantes digitais que aderiu ao código europeu contra a desinformação, mas depois de ser comprado pelo bilionário Elon Musk passou a chamar-se X e se retirou do acordo.
– X, anteriormente (chamado) Twitter, que não está mais sob o código, é a plataforma com a maior proporção de publicações errôneas e desinformação – observou a funcionária.
Jourova lembrou que as 44 que permanecem sob o código já apresentaram os seus primeiros relatórios completos sobre o cumprimento do código contra a desinformação.
Segundo Jourova, X não será livre para agir contra a desinformação no espaço europeu, já que a UE tem agora uma Lei sobre Serviços Digitais (LSD) que regula o funcionamento dos gigantes digitais.
– Minha mensagem para o Twitter é: tem que cumprir a lei. Estaremos observando o que estão fazendo – disse Jourova.
Compromissos das plataformas digitais
A Comissão Europeia busca compromissos das plataformas digitais para reduzir a desinformação antes das eleições europeias, que acontecerão em junho do ano que vem.
Segundo Jourova, entre janeiro e abril o Google cancelou mais de 400 canais do YouTube envolvidos em “operações de influência” vinculadas ao Estado russo, e removeu anúncios de 300 sites ligados a agências de propaganda russas.
O TikTok informou que analisou 832 vídeos sobre a guerra na Ucrânia e que este escrutínio levou à remoção de 211 desses vídeos, por suspeitas de desinformação.