Na avaliação do economista da ACSP Marcel Solimeo, as empresas de menor porte são as que têm tido mais dificuldades para resistir à adversidade. A maioria delas, diz ele, não dispõe de plataformas online para manter o comércio funcionando enquanto vigoram as medidas de quarentena.
Por Redação - de São Paulo
O comércio paulistano encerrou o mês de abril com queda de 62,8% no volume de vendas, em relação a abril de 2019, número explicado pelo contexto da pandemia de covid-19. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as vendas a prazo caíram 56,5% e as pagas à vista, 69%. Na comparação com abril de 2019, os recuos foram, respectivamente, de 51,8%, 39,9% e 63,7%.
Na avaliação do economista da ACSP Marcel Solimeo, as empresas de menor porte são as que têm tido mais dificuldades para resistir à adversidade. A maioria delas, diz ele, não dispõe de plataformas online para manter o comércio funcionando enquanto vigoram as medidas de quarentena.
Dia das Mães
Em nota, a organização destaca que recorreu, em articulação com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), ao governador de São Paulo, João Doria, e ao prefeito da capital, Bruno Covas, pedindo a reabertura parcial do comércio a partir de 1º de maio. O plano era aproveitar o Dia das Mães para fechar vendas.
Em âmbito nacional, o setor deixou de faturar R$ 86,4 bilhões. A CNC acrescenta que cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais foram fechados a partir da segunda quinzena de março, em cumprimento a decretos estaduais e municipais.
Apesar de entidades representativas dos comerciantes defenderem a reabertura de lojas, pode ser que as atividades não essenciais, nas quais se enquadram, demorem para voltar ao normal na capital paulista.