O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, tem a última palavra sobre o programa nuclear, que o Ocidente suspeita ter fins militares. Khamenei afirmou em diversas ocasiões que Teerã nunca buscou construir ou usar armas nucleares, o que é proibido por sua religião.
Por Redação, com Reuters - de Teerã
O Irã pode rever sua "doutrina nuclear" em meio às ameaças israelenses, disse um comandante sênior da Guarda Revolucionária Iraniana nesta quinta-feira, levantando preocupações sobre o programa nuclear de Teerã, o qual sempre afirmou ser estritamente para fins pacíficos.
– Uma revisão de nossa doutrina e política nuclear, bem como das considerações previamente comunicadas, é inteiramente possível – disse Ahmad Haghtalab, comandante encarregado da segurança nuclear, segundo a agência de notícias semioficial Tasnim.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, tem a última palavra sobre o programa nuclear de Teerã, que o Ocidente suspeita ter fins militares.
Khamenei afirmou em diversas ocasiões que Teerã nunca buscou construir ou usar armas nucleares, o que é proibido por sua religião.
Jordânia diz que retaliação de Israel ao Irã pode levar a guerra mais ampla
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse na quarta-feira que uma retaliação israelense contra os ataques iranianos pode representar um risco verdadeiro de arrastar toda a região para uma guerra devastadora.
Em uma entrevista publicada pela imprensa estatal, Safadi afirmou que seu pais está fazendo lobby com grandes potências contra uma escalada que teria consequências abrangentes para a estabilidade e a segurança regional.
– Os riscos são enormes. Isso pode arrastar toda a região a uma guerra, que seria devastadora para nós na região e teríamos implicações muito, muito sérias para o resto do mundo, incluindo os EUA – disse Safadi.
– A situação é muito perigosa. As chances de uma explosão regional são reais e isso tem que parar. Temos que assegurar que não haverá mais uma escalada – acrescentou.
Firme aliada dos EUA, a Jordânia, com ajuda de defesas aéreas norte-americanas e apoio de Reino Unido e França, derrubou a maioria dos drones e mísseis iranianos que voaram sobre o país em direção a Jerusalém e uma ampla gama de alvos em Israel.
– Agora, a pressão deveria estar sobre Israel para não escalar – disse Safadi, acrescentando que Teerã afirmou que atacou em retaliação a uma suposta ofensiva aérea israelense contra seu complexo de embaixada em Damasco, em 1º de abril, e que não irá além, a menos que Israel responda.