Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

CNC: número de endividados cai 0,2 ponto percentual em janeiro

Arquivado em:
Segunda, 07 de Fevereiro de 2022 às 10:51, por: CdB

 

O resultado de janeiro ocorre após 13 meses de alta. Os números estão na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Por Redação, com ABr - de Brasília

O total de endividados no país recuou 0,2 ponto percentual (pp) em janeiro em relação ao mês anterior e ficou em 76,1%. Na comparação anual, no entanto, o indicador subiu 9,6 pp.
economia.jpeg
Na comparação anual, no entanto, o indicador subiu 9,6 pp
O resultado de janeiro ocorre após 13 meses de alta. Os números estão na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O encarecimento dos juros pode ser uma explicação para o desempenho, porque desacelerou a contratação de dívidas neste início de ano. De acordo com a CNC, os dados recentes divulgados em dezembro de 2021, pelo Banco Central, mostraram elevação de 37,2% para 45,1% nas taxas médias das linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas. As concessões de crédito também influenciaram. Apesar de registrarem avanço de 10,6% em termos reais em 2021, de novembro para dezembro, tiveram queda de 22,2% na média diária. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, mesmo pequena, é preciso ter atenção com a retração. “O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”, avaliou.

Inadimplência

Em movimento contrário, a taxa de inadimplência subiu no mês. A alta ficou em 0,2 pp e na comparação anual em 1,6 pp, atingindo 26,4% do total de famílias no país. Este, segundo a CNC, é o maior nível desde agosto de 2020 e a maior proporção para meses de janeiro observada na série histórica da Peic. Também cresceu a parcela das famílias, que deve continuar com a inadimplência e declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso. A expansão atingiu 0,1 pp. Na comparação com janeiro de 2021, entretanto, o percentual registrou queda de 0,8 ponto.

Comportamentos

Entre as famílias com ganhos de até dez salários mínimos, o percentual de endividados caiu 0,3 pp, atingindo 77,4%. Esse foi o primeiro recuo desde outubro de 2020. Em direção contrária, nas famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, o endividamento avançou 0,3 pp, chegando a 71,2%, que é a maior proporção histórica de endividados. Os movimentos alteraram a tendência predominante desde abril do ano passado. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, disse que a alta é resultado da evolução da vacinação e da menor letalidade da variante Ômicron. – Com a maior flexibilização, as famílias no grupo de renda mais elevada têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo, especialmente de serviços – disse. As tendências entre as duas faixas no indicador de inadimplência tiveram comportamentos semelhantes. Para as famílias com ganhos de até dez salários mínimos, a proporção das que têm contas ou dívidas em atraso cresceu 0,2 pp. no mês, chegando a 29,7% do total de famílias neste grupo. Já na comparação anual, a alta ficou em 1,8 pp. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o avanço de dezembro de 2021 a janeiro de 2022 acompanhou os 0,2 pp, alcançando 12%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a expansão foi de 0,5 p.p.

Peic

Desde janeiro de 2010, a Peic é apurada mensalmente. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores. Com as informações são apurados os importantes indicadores dos percentuais de consumidores endividados; de quem está com contas em atraso; e de quem não terá condições de pagar suas dívidas, além do tempo de endividamento e do nível de comprometimento da renda.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo