Os pesquisadores descobriram que, comparando com as outras cepas, a variante Iota aumentou a taxa de mortalidade em caso da infecção em 46% entre as pessoas de 45 a 64 anos, em 82% entre os infectados de 65 a 74 anos e em 62% entre os idosos de mais de 75 anos.
Por Redação, com Sputnik - de Nova York/Wellington
Especialistas do Departamento de Saúde de Nova York e da Escola de Saúde Pública de Mailman da Universidade de Colúmbia (EUA) descobriram que a cepa Iota da covid-19 pode aumentar a taxa de mortalidade em 46%-82% entre os idosos infectados.
Durante o estudo, os cientistas analisaram os dados epidemiológicos recolhidos em Nova York de novembro de 2020 a abril de 2021, realizando um modelo matemático para determinar a velocidade de transmissão, capacidade de superar a resposta imune e mortalidade da variante Iota (B. 1.526), de acordo com a pré-publicação no medrxiv.org.
Os pesquisadores descobriram que, comparando com as outras cepas, a variante Iota aumentou a taxa de mortalidade em caso da infecção em 46% entre as pessoas de 45 a 64 anos, em 82% entre os infectados de 65 a 74 anos e em 62% entre os idosos de mais de 75 anos.
Além disso, a cepa B. 1.526 tem uma velocidade de transmissão 15%-25% maior do que as variantes anteriores. Ao mesmo tempo, ela pode superar a imunidade em 10% das pessoas que são infectadas.
Variante Iota
A variante Iota foi registrada pela primeira vez em Nova York em novembro de 2020 e depois se espalhou por todos os Estados Unidos, com seus traços encontrados em mais de 27 países. A Iota foi a cepa dominante em Nova York de novembro de 2020 a março de 2021, mas com surgimento da variante Alfa (B. 1.1.7) a propagação da B. 1.526 diminuiu gradualmente. Em março, a Organização Mundial de Saúde incluiu a Iota na lista de variantes "de interesse". Na lista de cepas "preocupantes" estão a Alfa (Reino Unido), a Beta (África do Sul), a Gama (Brasil) e a Delta (Índia).Erradicar
Um novo estudo de cientistas da Nova Zelândia sugere que podemos voltar aos tempos précovid e erradicar completamente o novo coronavírus.
Realizando uma meta-análise de pesquisas anteriores e comparando com a poliomielite e a varíola, os cientistas sugerem que erradicação do novo coronavírus é possível, embora não seja fácil, segundo o estudo publicado na revista BMJ Global Health.
"Embora nossa análise seja um esforço preliminar com vários componentes subjetivos, ela parece colocar a erradicação da covid-19 no reino das possibilidades, especialmente em termos de viabilidade técnica", afirmaram os pesquisadores.
Durante a pesquisa, os cientistas criaram um sistema de avaliação de três pontos para 17 variáveis de erradicação do coronavírus, como, por exemplo, disponibilidade de vacina segura e eficiente, vida útil da imunidade, impacto das medidas de saúde pública e gestão governamental eficiente de mensagens de controle do vírus.
A covid-19 marcou 28 pontos de 51, enquanto a pólio marcou 26. Isso significa que não precisamos de pontuação perfeita para todas as variáveis, mas temos muitos elementos necessários para podermos considerar a erradicação possível.
"Nesta análise preliminar, a erradicação da covid-19 parece um pouco mais possível do que a pólio, mas muito menos do que a varíola", concluiu a equipe de pesquisadores.
No entanto, existem vários desafios técnicos para o novo coronavírus, em comparação com a pólio e varíola. Por exemplo, há hesitação vacinal e a evolução rápida das cepas do vírus.
Por outro lado, as tentativas de erradicar a infecção, mesmo que esta não seja totalmente alcançada, levariam a certas vantagens noutras áreas. A modernização dos sistemas de saúde para facilitar a erradicação da covid-19 teria benefícios para controlar outras doenças, de acordo com os cientistas.