Objetivo declarado da iniciativa conjunta é criar unidade de pesquisa científica que ficaria à disposição também de outros países. Estação deve ser instalada na órbita ou na superfície da Lua.
Por Redação, com DW - de Pequim/Moscou
A China e a Rússia anunciaram na terça-feira planos para construir juntas uma estação espacial lunar, depois de a Rússia ter desistido, no ano passado, de participar do programa lunar dos EUA.
A agência espacial russa, a Roscosmos, e a chinesa, a CNSA, comunicaram terem assinado um acordo para criar uma unidade de pesquisa científica na órbita ou na superfície da Lua. Essa unidade ficaria também à disposição de outros países.
O objetivo declarado é fortalecer a interação na pesquisa científica e promover o estudo e o uso do espaço para fins pacíficos em benefício de toda a humanidade.
Em meados de 2020, a Rússia anunciou que havia desistido da participação no programa lunar americano Artemis, que prevê o retorno de seres humanos à Lua em 2024, alegando que o programa havia se convertido num projeto político.
A Roscosmos afirmou na época que a Rússia se opõe à privatização e exploração comercial da Lua, conforme proposto pelo então presidente dos EUA, Donald Trump.
Viagens espaciais
A Rússia é uma pioneira das viagens espaciais, mas nos últimos anos ficou à sombra dos EUA e da China. Os russos se preparam para festejar, em 2021, os 60 anos da sua primeira viagem espacial tripulada. Em abril de 1961, o país foi o primeiro a enviar um homem ao espaço, o cosmonauta Yuri Gagarin, e, dois anos depois, a primeira mulher, Valentina Tereshkova.
A China obteve um marco histórico em dezembro, quando uma sonda pousou no lado visível da Lua e recolheu amostras da superfície. Em janeiro de 2019, uma outra sonda chinesa já havia pousado no lado oculto do satélite terrestre.