As críticas chinesas ao mais recente pacote de sanções dos Estados Unidos não tardaram. A Embaixada da China em Washington acusou o governo Biden de “abusar do poder do Estado para suprimir e restringir empresas chinesas por todos os meios possíveis”.
Por Redação, com ABr - de Pequim
Durou pouco a aparência de polidez entre os Estados Unidos (EUA) e a China, ensaiada na recente reunião entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping por videoconferência. Depois de o governo norte-americana ter inscrito uma dúzia de empresas chinesas na sua lista negra comercial, Pequim deixou, nesta quinta-feira um aviso: reserva-se o direito de responder à altura. As críticas chinesas ao mais recente pacote de sanções dos Estados Unidos não tardaram. A Embaixada da China em Washington acusou o governo Biden de “abusar do poder do Estado para suprimir e restringir empresas chinesas por todos os meios possíveis”. O porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, garantiu que o país dará todos os passos necessários para defender as suas empresas, reservando-se o direito de aplicar contramedidas. As últimas sanções norte-americanas não são alheias à crescente tensão entre os dois países a propósito do estatuto de Taiwan. Essa foi a questão mais tensa na recente conversa online entre os líderes dos dois países. Ao todo, a administração Biden acrescentou 27 entidades à sua lista negra comercial, mas nem todas com sede na China. Há também nomes do Japão, do Paquistão e de Singapura. Washington alega que as entidades paquistanesas e chinesas foram adicionadas à lista do Departamento de Comércio por terem contribuído para o programa de mísseis balísticos e demais atividades nucleares de Islamabad. Em comunicado, a secretária norte-americana do Comércio, Gina Raimondo, sustenta que a atualização da lista visa sobretudo a proteger tecnologias dos EUA face ao desenvolvimento, por parte de chineses e russos, de “avanços militares”.