China assume posição de liderança mundial em alta tecnologia
Em 2019 a China teve a maior quota de mercado em 12 setores, incluindo componentes elétricos, deixando para trás o Japão e se aproximando dos Estados Unidos.
Em 2019 a China teve a maior quota de mercado em 12 setores, incluindo componentes elétricos, deixando para trás o Japão e se aproximando dos Estados Unidos.
Por Redação, com Sputniknews - de Pequim e Tóquio
China continua a ampliar sua posição no mercado mundial de alta tecnologia, superando o Japão e reduzindo significativamente seu atraso em relação aos EUA.
Funcionária da Huawei conversa no celular atualizado para a tecnologia 5G
Em 2019 a China teve a maior quota de mercado em 12 setores, incluindo componentes elétricos, deixando para trás o Japão e se aproximando dos Estados Unidos, assinala o jornal Nikkei. Ao mesmo tempo, algumas empresas chinesas superaram norte-americanas na quota do mercado mundial.
Um estudo do jornal, que envolve 74 produtos e serviços de alta tecnologia, calculou e comparou a quota de mercado de cada um deles em 2018 e 2019.
Globalização
As empresas chinesas superaram as do Japão em telas de cristal líquidos utilizadas em celulares e em componentes isoladores essenciais para baterias de íons de lítio, que alimentam dispositivos eletrônicos.
Não se pode deixar de mencionar a Huawei, que pela primeira vez na história superou a Apple no mercado de celulares, aumentando sua participação até 17,6%, apesar da política dos EUA e de alguns outros países de proibir o uso de seus produtos.
— Desde uma perspectiva a longo prazo, nada pode deter o progresso tecnológico chinês. Além do mais, não é realista impedir a difusão de avanços tecnológicos, tais como produtos eletrônicos, no contexto da globalização — afirmou à Sputnik China Yang Mian, professor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais da Universidade de Comunicações da China.
Autossuficiência
Contudo, atualmente a maior parte do mercado de alta tecnologia da China existe devido ao consumo interno. Portanto, o país tem uma grande capacidade de aumentar seu próprio poder tecnológico.
— As vendas de produtos específicos chineses somente podem diminuir temporariamente sob influência dos EUA e de alguns países ocidentais — continuou o especialista.
Ainda assim, as medidas de contenção do gigante asiático estão crescendo. Nestas condições, a China pode replicar seu sucesso interno no mercado exterior. Yang Miam acredita que é factível enquanto a China continuar fortalecendo sua autossuficiência.
— Enfrentando todo tipo de obstáculos, precisamos confiar ainda mais decididamente em nossas próprias forças (…) Além do mais, ao fortalecer sua autossuficiência, a China deve se manter aberta ao mundo, adotar todas as tecnologias e conhecimentos disponíveis e ampliar ativamente a cooperação internacional — defende Yang Mian.
Celulares
O especialista também observou que ainda existem muitos mercados que demandam produtos chineses nas regiões da Ásia, África e no Oriente Médio. Caso Pequim consiga convencer os Estados destas regiões a não "ficarem presos nas armadilhas do Ocidente", a China poderá ampliar seu mercado de forma considerável.
Enquanto isso, os números falam por si. Se há cinco anos 39% do mercado de celulares era controlado pela Samsung e Apple, agora 35% pertence a três empresas chinesas: Huawei, Xiaomi e Oppo.