O Parlamento da China aprovou, com apenas um voto contra, um projeto de lei que prevê modificações na lei eleitoral de Hong Kong que, entre outros pontos, permite que um comitê criado por Pequim vete candidatos na disputa.
Por Redação, com ANSA - de Hong Kong
O Parlamento da China aprovou, com apenas um voto contra, um projeto de lei que prevê modificações na lei eleitoral de Hong Kong que, entre outros pontos, permite que um comitê criado por Pequim vete candidatos na disputa.
O texto aprovado nesta quinta-feira amplia ainda mais o controle dos chineses sobre o território autônomo e se soma à medida anunciada recentemente de que todos os eleitos precisarão prestar um juramento "patriótico" de lealdade à China.
Pequim
Na prática, a lei, que ainda precisa ser ratificada, elimina a possibilidade de eleição de membros da oposição, já que esse grupo sempre combateu para uma maior independência, ou a total independência, em relação a Pequim.
Além do poder de veto, o projeto de lei aprovado vai diminuir a quantidade de membros do Parlamento local. Serão 117 assentos de conselhos distritais a menos, sendo que eles são ocupados majoritariamente por membros da oposição. Atualmente, são cerca de 1,2 mil membros.
O Reino Unido foi o primeiro país a se manifestar sobre a aprovação, dizendo que a medida "é o enésimo passo de Pequim para esvaziar os espaços de debate democrático em Hong Kong". O ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, acusou ainda o governo chinês de não cumprir "seus compromissos internacionais".