Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Chile vai usar inteligência artificial nas buscas por desaparecidos da ditadura

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Terça, 16 de Janeiro de 2024 às 11:34, por: CdB

Ao anunciar o plano, Boric disse que a medida “é um ato de Estado” que “assume a memória” com a convicção “de que a única possibilidade de construir um futuro melhor, livre e respeitoso da vida e da dignidade humana é conhecer toda a verdade”.


Por Redação, com Poder360 - de Santiago


O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse na segunda- feira que o país vai usar a IA (inteligência artificial) para ajudar a descobrir o paradeiro dos mais de mil presos que desapareceram durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).




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“A IA vai desempenhar um papel importante no Plano Nacional de Busca dos nossos detidos desaparecidos”, diz o presidente do Chile, Gabriel Boric

– No campo dos direitos humanos, a IA vai desempenhar um papel importante no Plano Nacional de Busca dos nossos presos desaparecidos – afirmou Boric ao discursar no evento científico Future Congress. “Neste sentido, a inteligência artificial não está alheia a um dos grandes desafios que temos hoje no mundo, que é o fortalecimento da democracia. Não temos de tomar a democracia como garantida, temos que cuidar dela todos os dias”, acrescentou.


Em 11 de setembro de 1973, o Chile viveu um dos episódios mais marcantes de sua história: o início do golpe militar do general Augusto Pinochet. O regime se estendeu até 1990.


O governo de Pinochet é considerado um dos mais sangrentos da América Latina. A Comissão da Verdade e Reconciliação do Chile, instalada logo depois do fim da ditadura, estimou que ao menos 3,2 mil pessoas morreram ou desapareceram e pelo menos outras 40 mil foram torturadas pelos militares durante os 17 anos de ditadura.



Presos desaparecidos durante a ditadura


Em agosto de 2023, Boric anunciou que o Chile iria assumir, pela primeira vez, a busca dos presos desaparecidos durante a ditadura. Na época, foi criado o Plano Nacional de Busca da Verdade e da Justiça. Conforme o governo do Chile, das 1.469 vítimas de desaparecimentos forçados, apenas 307 foram encontradas e identificadas. Ainda precisam ser localizados 1.162 presos.


Ao anunciar o plano, Boric disse que a medida “é um ato de Estado” que “assume a memória” com a convicção “de que a única possibilidade de construir um futuro melhor, livre e respeitoso da vida e da dignidade humana é conhecer toda a verdade”.




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