De acordo com Piñera, o objetivo é enfrentar “os graves e repetidos atos de violência ligados ao narcotráfico, terrorismo e crime organizado, cometidos por grupos armados". Com a medida, serão escolhidos "chefes da Defesa nacional" por um período de 15 dias, renováveis por mais 15 dias.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Santiago
O presidente do Chile, Sebastian Piñera, determinou na terça-feira Estado de Emergência na Macrozona Sul por 15 dias. O anúncio foi feito no "Dia dos Encontros do Mundos", data comemorativa do Chile e outros países em referência à chegada de Cristovão Colombo em 1492 na América, episódio que deu início à colonização. De acordo com Piñera, o objetivo é enfrentar “os graves e repetidos atos de violência ligados ao narcotráfico, terrorismo e crime organizado, cometidos por grupos armados". Com a medida, serão escolhidos "chefes da Defesa nacional" por um período de 15 dias, renováveis por mais 15 dias. Com o Estado de Exceção, as Forças Armadas poderão fornecer apoio logístico, tecnológico, de comunicações, vigilância, patrulhamento e transporte "a todos os procedimentos policiais que se desenvolvem nas províncias declaradas em Estado de Exceção”, disse o presidente do Chile. A região sul do Chile é marcada por conflitos por terras reivindicadas por mapuches, o maior grupo indígena do país. Na mesma terça-feira do anúncio de Piñera, uma marcha de indígenas mapuches foi reprimida em Santiago. A estudante de direito e ativista indígena Denisse Cortés acompanhava a marcha para garantir a segurança legal dos participantes e foi morta. De acordo com a polícia, ela foi atingida por fogos de artifício que partiram da manifestação. Já os manifestantes afirmam que Cortés foi atingida no pescoço por um projétil de gás lacrimogênio disparado pelas forças de segurança. Ao menos 12 pessoas foram presas e outras 20 foram feridas pela repressão.