O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) deve anunciar nesta terça-feira orientações revisadas para o uso de máscaras por norte-americanos completamente vacinados, na esteira de um aumento de casos de covid-19 e da mais transmissível variante Delta, segundo fontes.
Por Redação, com Reuters - de Washington
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) deve anunciar nesta terça-feira orientações revisadas para o uso de máscaras por norte-americanos completamente vacinados, na esteira de um aumento de casos de covid-19 e da mais transmissível variante Delta, segundo fontes.
Autoridades afirmaram à agência inglesa de notícias Reuters que o CDC deve recomendar que norte-americanos completamente vacinados usem mascaras em locais fechados em algumas situações, mas os detalhes ainda não estavam claros.
O CDC e a Casa Branca se recusaram a comentar. O CDC diz que planeja uma entrevista coletiva de atualização sobre a covid-19 às 16h (horário de Brasília).
Uso de máscaras
Em maio, o CDC aconselhou que pessoas totalmente vacinadas não precisavam mais usar máscaras ao ar livre e poderiam evitá-las na maioria dos locais fechados, uma orientação que segundo a agência permitiria que a vida voltasse ao normal.
O CDC também disse em maio que pessoas totalmente imunizadas não precisavam mais se distanciar fisicamente na maioria dos locais.
A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse na ocasião que a nova orientação era baseada na então queda brusca de casos, a expansão da vacina em pessoas mais jovens e a eficiência do imunizante contra variantes do coronavírus.
Sequelas de longo prazo da covid-19
O presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou na segunda-feira que a Casa Branca defenderá que pessoas com sintomas de longo prazo causados pela covid-19 sejam protegidas contra discriminação, no dia que marcou o aniversário de uma importante lei para pessoas com deficiências.
Agências dos EUA coordenarão para garantir que pessoas que sofram com problemas de saúde de longo prazo sejam protegidas, após o fim das suas infecções pelo novo coronavírus, disse.
– Muitos norte-americanos que parecem ter se recuperado do vírus ainda enfrentam desafios, como problemas para respirar, confusão, dor crônica ou fadiga – disse Biden. "Essas condições às vezes podem chegar ao patamar de serem uma deficiência".
Cerca de um em cada dez pacientes com covid-19 ainda não se sente bem 12 semanas depois de suas infecções agudas e muitos sofrem com sintomas durante mais tempo, segundo um relatório produzido sob a supervisão da Organização Mundial da Saúde e publicado em fevereiro.
Biden discursou em um evento no Rose Garden que comemora o 31º aniversário da promulgação da Lei dos Americanos com Deficiências, que torna ilegal a discriminação contra pessoas com deficiência em acomodações públicas, empregos, transportes e na vida comunitária. Quase 57 milhões de norte-americanos tinham alguma forma de deficiência em 2010, segundo o Censo dos EUA.
Este novo esforço terá o objetivo de garantir que pessoas com sintomas de longo prazo causados pela covid-19 "tenham acesso aos direitos e recursos devidos pela lei de deficiências", disse Biden.
A Casa Branca não deu mais detalhes sobre o programa em um primeiro momento.