O grupo de profissionais liderados por Landim, também conhecido por Chorão, chegou a se mobilizar para uma série de reivindicações, em fevereiro, mas governo apressou-se em anunciar um pacote de medidas e conseguiu interromper os planos de uma paralisação nacional. As promessas, no entanto, não foram cumpridas.
Por Redação - de São Paulo
O caminhoneiro Wallace Landim, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) disse nesta quinta-feira, que a categoria analisa a possibilidade de paralisação para cobrar as promessas não cumpridas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Landim critica o governo por “fazer marketing em cima da categoria”.
— Possibilidade (de paralisação) há. Estamos no limite, na UTI, estamos tomando esse remédio para salvar a categoria — afirmou.
Sem vacina
O grupo de profissionais liderados por Landim, também conhecido por Chorão, chegou a se mobilizar para uma série de reivindicações, em fevereiro, mas governo apressou-se em anunciar um pacote de medidas e conseguiu interromper os planos de uma paralisação nacional. Entre as pontos acordados, no pacote, estava a inclusão dos caminhoneiros no grupo de prioridade na vacinação contra a covid-19, com profissionais de saúde e indígenas, por exemplo.
Mas essa e outras promessas, no entanto, cinco meses depois, não foram cumpridas pelo governo, segundo o motorista de caminhão.
— A gente vem participando de muitas reuniões no governo e nada. Nós temos várias situações, uma delas é referente à vacina. A gente está no grupo prioritário desde janeiro, mas até agora a gente não foi imunizado — disse, a jornalistas.
Linha de crédito
Chorão também reclamou da linha de crédito em curso, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) no valor de R$ 500 milhões para caminhoneiros autônomos manterem seus veículos. Na época, o governo disse que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal ficariam responsáveis, inicialmente, por oferecerem os empréstimos.
— Outra coisa que me deixou muito chateado é aquela (linha de crédito do BNDES) de R$ 500 milhões para manutenção da categoria, que foi proposta para nós. Não conheço nenhum caminhoneiro que pegou (empréstimo). A vigência terminou agora. Eu pedi, mandei ofício para Ministério da Economia. E o Ministério da Economia nem sequer me retornou. Conversamos com vários setores financeiros, esse plano nunca existiu. Estão fazendo marketing em cima da categoria — concluiu.