Ao todo, 13 caças serão fabricados na Suécia, oito devem iniciar a produção na Suécia e concluir no Brasil, enquanto 15 sairão da unidade da Embraer de forma integral, que passa a contar com todos os meios para desenvolver, testar e produzir as aeronaves.
Por Redação - de Gavião Peixoto, SP
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inaugurou nesta terça-feira a linha de produção dos caças Gripen na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto, no interior paulista. Na cerimônia, foi assinado o contrato entre a empresa sueca Saab e a Força Aérea Brasileira (FAB) que prevê a entrega de 36 aviões Gripen até 2027; além da transferência de tecnologia para o Brasil.
Ao todo, 13 caças serão fabricados na Suécia, oito devem iniciar a produção na Suécia e concluir no Brasil, enquanto 15 sairão da unidade da Embraer de forma integral, que passa a contar com todos os meios para desenvolver, testar e produzir as aeronaves. Outros quatro dos aviões já estão operacionais na Base Aérea de Anápolis (GO) e outros dois chegaram ao país na última sexta-feira.
O caça F-39 Gripen foi escolhido pelo programa FX-2, em uma concorrência concluída na gestão da presidente Dilma Rousseff, em 2013, e significa um marco para o país.
Soberania
"O contrato beneficia toda a base industrial de Defesa e proporciona a renovação da frota dos caças que vão manter a soberania e segurança dos céus do país pelas próximas décadas, ao mesmo tempo em que permite que a Aeronáutica tenha plenas condições operacionais para desempenhar seu papel", disse a Presidência, em comunicado.
Para o ministro da Defesa, José Múcio, que participou da solenidade, a parceria fortalece a indústria nacional e eleva o Brasil a patamares “cada vez mais amplos” no desenvolvimento tecnológico para defesa nacional.
— A transferência de tecnologia e a capacidade de produção da aeronave em Gavião Peixoto nos permitem a autossuficiência em delicadas fases do processo produtivo — disse o ministro.
Renovação
Com a parceria, a fábrica da Embraer passa a contar com o ecossistema completo para os caças nas fases de desenvolvimento, testes e, agora, produção. Na unidade estão em funcionamento também o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen e o Centro de Ensaios em Voo.
— Muito mais do que uma evolução nos meios de defesa aéreo, o advento do caça Gripen permite ao país um aumento significativo de sua capacidade operativa, de aquisição de alvos, de eficiência, podendo atuar ao longo alcance em conjunto com outras estrelas da Embraer, o KC- 390, por meio da capacidade de reabastecimento em voo — acrescentou Múcio.
O Programa Gripen integra as ações voltadas para a renovação da infraestrutura das Forças Armadas, processo que também conta com os projetos do submarino nuclear brasileiro e do blindado Guarani.