A presidente nacional do PSOL , Paula Coradi, entrou em contato direto com Boulos, na quarta-feira, para checar a informação e, durante a conversa, posteriormente relatada à bancada do partido, o parlamentar disse que não recebeu, ainda, um convite formal do presidente Lula, para assumir o cargo.
Por Redação – de Brasília
Embora tenha sido citado como possível ministeriável, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) nega ter sido convidado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. A simples indicação de seu nome, no entanto, gerou um acalorado debate interno nas hostes partidárias, ao longo dos últimos dias. A notícia inicial foi publicada no diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, o que provocou reações imediatas no partido. Segundo apurou o jornalista Bernardo Mello Franco, do diário conservador paulistano ‘O Globo’, a presidente nacional do PSOL , Paula Coradi, entrou em contato direto com Boulos, na quarta-feira, para checar a informação e, durante a conversa, posteriormente relatada à bancada do partido, o parlamentar disse que não recebeu, ainda, um convite formal do presidente Lula, para assumir o cargo.
— O PSOL é base do governo, não há nenhuma dúvida quanto a isso. Mas não existe convite formal, e qualquer decisão só será tomada diante de fatos concretos — disse Paula Coradi, aos jornalistas.
Habitação
Uma parte dos integrantes do partido defende maior aproximação com o governo Lula, outro grupo resiste a um alinhamento que consideram excessivo. O deputado Glauber Braga, que representa a ala mais crítica, já havia feito ressalvas à possibilidade de Boulos assumir o posto.
— O possível convite ao Boulos viria junto com uma mudança na política econômica? O governo vai para o enfrentamento com o Centrão e os setores que querem empurrá-lo para a direita? — questionou Braga.
Boulos, que concorreu à prefeitura de São Paulo, mantém forte conexão com movimentos sociais, especialmente os ligados à causa da habitação.
