Dirigindo e formando atores, são longos anos de experiência no mercado educacional e artístico. Bia dirigiu 25 espetáculos e o que se destaca nela é exatamente seu olhar diferenciado para descobrir novos talentos.
Por Redação – do Rio de Janeiro
Maria Beatriz Oliveira. Maria porque tem a força de toda Maria. Bia, como é conhecida no meio, acaba de completar 35 de carreira.
Dirigindo e formando atores, são longos anos de experiência no mercado educacional e artístico. Bia dirigiu 25 espetáculos e o que se destaca nela é exatamente seu olhar diferenciado para descobrir novos talentos, muitos dos quais, desfilam hoje no Pantheon artístico. Ela foi gestora do Teatro do Planetário da Gávea, dirigiu o Parque da Cidade das Crianças e esteve à frente do Teatro Glaucio Gil como gestora pública e diretora artística por sete anos.
Em 2012 iniciou sua vertente cineasta como assistente de direção do dramaturgo Domingos Oliveira, seu tio, no longa Infância, que traz no elenco Fernanda Montenegro como protagonista e foi premiado com quatro Kikitos no Festival de Cinema de Gramado. De lá para cá o DNA diz a que veio, através de suas inúmeras obras realizadas. Beatriz desenvolve, desde 2018, aulas de drama class em escolas particulares, trabalho esse com sua equipe de professores especializados lecionando teatro dentro do processo educacional, possibilitando uma integração entre arte e educação. Desenvolveu em parceria com a diretora Roby Amaral o Programa KD+ para o canal dos irmãos Neto, como preparadora de elenco e consultora pedagógica dos roteiros. Em seguida, já no âmbito solo, fez curtas como diretora e produziu o longa Temos Vagas, de seu ex-aluno, e hoje, ator, músico e roteirista, Guga Sabatiê.
Como autora, lançou o livro Meu Caminho, de crônicas e poesias. É escritora e roteirista da Academia Internacional de Literatura Brasileira, com sede em Nova York. Na pandemia rodou o curta Janelas pelo Mundo – AM – PM (durante o auge da quarentena, quatro mulheres brasileiras encontraram na Arte uma parceria para encarar o isolamento social. Sozinhas, uma em cada canto do mundo, unem-se através de uma jornada interna totalmente desconhecida numa rotina repleta de medo e dúvidas). O curta recebeu mais de 50 prêmios nos EUA e no mundo, com certificação internacional e selo do IMDB. A premiada diretora desenvolveu o projeto Curta Processo, com uma metodologia própria de criação. Fez o planejamento, a execução e a produção para jovens atores e empreendedores da arte desde a criação até a pós-produção. Criou também o projeto artístico com sua ex-aluna e atriz Samara Trindade, o Favela EnCena, na Rocinha, onde apresentou o curta Penso logo Falo, que foi exibido no Projeta Rocinha o maior festival de exibição de cinema ao ar livre da América Latina.
Dirigiu e fez a produção executiva da série documental Manifesto pela Vida, um projeto cinematográfico de impacto social que aborda o tema da autonomia e do empoderamento das pessoas com Síndrome de Down . Roteirizou curtas Institucionais sobre a Pessoa com Deficiência, além da idealização e direção do documentário Mulheres que transformam, em comunidades do Rio de Janeiro. Bia também é consultora em Instituições Governamentais e ONGs para Pessoas com Deficiência.
Com tanta estrada, ela ainda encontra tempo para ser membro da diretoria do BWIE, uma Fundação para mulheres do entretenimento mundial, que tem sede em Los Angeles, que tem como meta criar elos e reforçar projetos para a mulher no entretenimento mundial. Seu curta “Safe”, dirigido à distância, acabou de ser exibido no 17º LABRFF – Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles – que aborda o tema sobre a relação conflitante entre pai (Beto Simas) e filha (Priscila Ferrari) no momento de perda, dor e vício. No meio desse furacão de acontecimentos ela também coordenou o Festival Shakespeare no ALFACEM – Escola Bilingue – com montagem de 25 espetáculos em inglês de textos adaptados de Shakespeare.
Em Los Angeles
Bia Oliveira recentemente realizou uma palestra sobre Entretenimento de Impacto Social no Consulado Brasileiro, em Los Angeles, onde apresentou seus projetos artísticos unindo ainda mais a perspectiva de projetos futuros nacionais e internacionais. Bia não se contenta com pouco. Essa coisa de que o céu é o limite, definitivamente não é para ela. A educadora se funde à diretora complementando sua arte.” Minha experiência como educadora me fez construir esses projetos cinematográficos com um olhar diferenciado para as coisas do mundo”, conclui.