Foi a segunda vez que Bia Haddad e Swiatek se enfrentaram. No primeiro duelo, a brasileira derrotou a polonesa por 2 sets a 1 no WTA 1000 – categoria mais alta do circuito profissional de tênis feminino, da Associação de Tênis Feminino – de Toronto em 2022, em quadra rápida.
Por Redação, com agências internacionais - de Paris
A trajetória heróica da tenista brasileira Bia Haddad até uma semifinal de Roland Garros foi interrompida pela polonesa Iga Swiatek, a número 1 do mundo, nesta quinta-feira, por 2 sets a 0. Ela enfrentará a tcheca Karolina Muchova, que mais cedo eliminou a bielorrussa Aryna Sabalenka.
Foi a segunda vez que Bia Haddad e Swiatek se enfrentaram. No primeiro duelo, a brasileira derrotou a polonesa por 2 sets a 1 no WTA 1000 – categoria mais alta do circuito profissional de tênis feminino, da Associação de Tênis Feminino – de Toronto em 2022, em quadra rápida.
Neste segundo duelo, em Roland Garros, Bia teve um pouco mais de trabalho. No piso tradicional de saibro (terra batida, coberta por uma camada de pó de telha) da competição, a polonesa teve mais habilidade e, por 2 sets a 0, se classificou para a final de Roland Garros.
Marca histórica
Apesar da eliminação em Roland Garros, Bia se despede de Paris com a melhor campanha de sua carreira num Grand Slam e uma das melhores de uma brasileira em torneios deste nível na história. Ao ficar entre as quatro melhores tenistas do Grand Slam disputado em Paris, ela entrou no seleto grupo de brasileiros que já alcançou esta fase num torneio deste nível. Somente cinco atletas atingiram tal feito: Bia, Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten, Ronald Barnes e Fernando Meligeni.
A tenista se tornou a primeira brasileira em uma semifinal de Roland Garros desde 1966, quando Maria Esther alcançou tal estágio. A lenda do tênis brasileiro foi finalista e vice-campeã do torneio francês em 1964. Bia tinha a chance de igualar essa marca após 59 anos, em busca de um título que uma brasileira nunca conquistou na história. Em simples, o Brasil só foi campeão em Roland Garros com Guga em 1997, 2000 e 2001.
Levando em conta todos os quatro Grand Slams, uma brasileira não levanta o troféu em simples desde 1966, justamente com Maria Esther, campeã naquele ano no US Open. Bia, portanto, buscava quebrar um tabu de 57 anos.
Bons números
A brasileira, que deve aparecer no top 10 do ranking da Associação de Ténis Feminino (WTA, em tradução livre) na próxima semana, já uma fortuna de US$ 3.314,951 (R$ 16.273 milhões) conquistada em premiações ao longo da carreira. Somente na atual temporada, Bia conquistou US$ 830 mil (R$ 4,1 milhões).
Caso chegasse à final e conquistasse o título no saibro francês, a paulista de 27 anos levaria mais € 2,3 milhões (R$ 12,3 milhões) para casa. A tenista brasileira também já recebeu € 27 mil (R$ 144,7 mil) pela campanha na chave de duplas ao lado de Victoria Azarenka, quando passou para a segunda rodada do torneio. Assim, ao todo, Bia já garantiu € 657 mil (R$ 3.524 milhões).
Bia começou a carreira aos 14 anos no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. No entanto, apenas em 2017, a brasileira se firmou no cenário profissional da WTA. Atualmente, ela ocupa a 12º posto da classificação das melhores tenistas do mundo, com 2910 pontos.