Um total de 44 batidas foram feitas em clubes belgas de primeiro escalão e residências, informaram procuradores federais em um comunicado.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas/Rio de Janeiro
A polícia da Bélgica realizou uma série de buscas em times de futebol e casas de todo o país nesta quarta-feira e deteve muitas pessoas para interrogá-las a respeito de fraudes financeiras e possíveis partidas arranjadas, disseram procuradores belgas. Um total de 44 batidas foram feitas em clubes belgas de primeiro escalão e residências, informaram procuradores federais em um comunicado. Ao mesmo tempo, buscas em 13 casas também ocorreram na França, Luxemburgo, Chipre, Montenegro, Sérvia e Macedônia. Os procuradores não identificaram nenhum time ou pessoa. As emissoras belgas VRT e RTBF disseram que as operações ocorreram em grandes times como Anderlecht, Club Bruges e Standard de Liège. Segundo os procuradores, as buscam têm relação com uma investigação iniciada no final de 2017 a respeito de transações financeiras suspeitas na primeira divisão belga, e pode render acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. Alguns agentes são suspeitos de esconder comissões de transferências, salários de jogadores e outros pagamentos das autoridades belgas, disseram os procuradores. – Durante a investigação surgiram indícios de uma possível influência em partidas na temporada 2017-2018 – afirmaram. As buscas acontecem depois de a Bélgica chegar à semifinal da Copa do Mundo. Hoje a maioria dos jogadores da seleção joga no exterior, mas já atuou na primeira divisão belga, que fornece muitos jogadores para grandes clubes europeus. Algumas das buscas residenciais foram feitas nas casas de diretores de times, agentes de jogadores, árbitros, um ex-advogado, um instrutor físico, jornalistas e um escritório de contabilidade. – Um grande número de pessoas foi privada de sua liberdade e levada para um interrogatório minucioso – informaram procuradores, acrescentando que mais tarde um juiz decidirá quem deve ser mantido em custódia ou preso formalmente. As buscas no exterior ocorreram principalmente em escritórios e residências de pessoas acostumadas a realizar transações suspeitas, disseram os procuradores.