Marc Van Ranst, cujo laboratório trabalha em estreita colaboração com o órgão de saúde pública da Bélgica, Sciensano, disse no Twitter que a variante foi encontrada em um viajante que voltava do Egito para a Bélgica em 11 de novembro.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
A Bélgica detectou o primeiro caso na Europa da nova variante do coronavírus, encontrada pela primeira vez na África do Sul, disse um virologista nesta sexta-feira.
Marc Van Ranst, cujo laboratório trabalha em estreita colaboração com o órgão de saúde pública da Bélgica, Sciensano, disse no Twitter que a variante foi encontrada em um viajante que voltava do Egito para a Bélgica em 11 de novembro.
A pessoa desenvolveu os primeiros sintomas em 22 de novembro, segundo o virologista.
Reino Unido alerta sobre nova variante
O Reino Unido anunciou na quinta-feira preocupação com a identificação de uma nova variante do coronavírus que se espalha pela África do Sul e que pode tornar as vacinas menos eficientes, e impôs restrições sobre seis países africanos.
O Reino Unido anunciou que está proibindo temporariamente os voos vindos da África do Sul e de outros cinco países a partir do meio-dia desta sexta-feira, e os viajantes britânicos vindos desses lugares precisarão fazer quarentena.
A Agência de Segurança Sanitária britânica disse que a variante, chamada de B.1.1.529, tem uma proteína spike que difere drasticamente das do coronavírus original, no qual foram baseadas as vacinas.
Mutações
A nova variante tem mutações que podem evadir a resposta imunológica gerada tanto pelas infecções anteriores quanto pela vacinação, e também mutações associadas com uma maior infecciosidade.
– O que sabemos é que há um número significativo de mutações, talvez o dobro do número de mutações que vimos na variante Delta – afirmou o secretário de Saúde Sajid Javid à imprensa.
– E isso pode indicar que ela pode ser mais transmissível e que as atuais vacinas que temos podem ser menos eficientes.
Javid afirmou que mais dados são necessários, mas que as restrições de viagem são necessárias como precaução, enquanto cientistas afirmam que estudos laboratoriais são necessários para avaliar a probabilidade das mutações resultarem na redução da eficácia das vacinas.